O ensino de História e usos de fontes como recursos didáticos frente aos negacionismos.

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18227/2317-1448ted.v31i01.8416

Palavras-chave:

Ensino de História; Fontes; Negacionismo.

Resumo

Este artigo apresenta uma proposta de ensino de História com uso de fontes. Toma como problema o negacionismo de grupos conservadores que usam narrativas de que a ditadura no passado foi salvadora da democracia no Brasil. Essa crença é atualizada no presente, defendendo nova intervenção militar após as eleições de 2022 e tentativa de golpe em janeiro de 2023. Nas narrativas saudosistas da ditadura negam-se as experiências autoritárias, antidemocráticas e de terrorismo de Estado. Propõe-se, portanto, nesse artigo, uma didática da História com abordagem sobre o Golpe de 1964, utilizando-se o documentário “O dia que durou 21 anos” como fonte e recurso audiovisual para um ensino com base em evidências e saberes da ciência histórica, ensejando a produção de contra-narrativas às formas de negacionismos do passado e presente. Trata-se de um itinerário didático crível para uma pedagogia promotora da consciência histórica e valores democráticos.

Palavras-Chave: Ensino de História; Fontes; Negacionismo.

Biografia do Autor

Marcelo Goes Tavares, Universidade Estadual de Alagoas

Doutor em História pela UFPE. Professor de História da UNEAL / Campus III.

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Publicado

28/06/2025

Como Citar

TAVARES, M. G. O ensino de História e usos de fontes como recursos didáticos frente aos negacionismos. Textos e Debates, [S. l.], v. 31, n. 01, p. e8416, 2025. DOI: 10.18227/2317-1448ted.v31i01.8416. Disponível em: http://revista.ufrr.br/textosedebates/article/view/8416. Acesso em: 5 dez. 2025.