Notas de um regime: o Estado Novo entre Canções e Cinema

o Estado Novo entre Canções e Cinema

Authors

DOI:

https://doi.org/10.18227/2317-1448ted.v31i01.8678

Keywords:

Canções, Cinema Educativo, Estado Novo, Nacionalismo

Abstract

This article analyzes the use of films and songs as tools of ideological propaganda during the Estado Novo (1937-1945), a dictatorial regime led by Getúlio Vargas. To do so, we draw on popular songs and short films, the latter produced by the National Institute of Educational Cinema (INCE), an agency created in 1936 with the goal of producing films for educational purposes. Based on existing studies on the subject, we selected certain songs and films for analysis, with particular focus on the themes of nationalism and propaganda present in the chosen productions. Supporting the existing historiography, we highlight the importance that cinema and radio gained during Vargas's government, being used to promote the values defended by the regime, especially due to their wide reach among both literate populations and illiterates.

Author Biographies

Mônica Apenburg, Universidade Aberta do Brasil (UAB/UNEAL)

Doutora em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Mestra em Educação e Graduada em História pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). Integrante do Grupo de Estudos do Tempo Presente (GET/UFS/CNPq) e do Laboratório de Pesquisa do Mundo Contemporâneo (Contemporaneus/UFRR/CNPq). Docente Adjunta I do Centro Universitário Pio Décimo (UNIPIO). Professora vinculada à Universidade Aberta do Brasil (UAB/UNEAL).

 

Adriana Mendonça Cunha, Grupo de Estudos do Tempo Presente (GET/UFS/CNPq)

Doutora em História pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Mestra em Educação e Graduada em História pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). Membro do Grupo de Estudos do Tempo Presente (GET/UFS/CNPq).

References

Canções

AQUARELA DO BRASIL. Intérprete: Francisco Alves. Composição Ary Barroso. Gravadora: Odeon Records,1939. Duração 6min10.

GLÓRIAS AO BRASIL. Intérprete: Nuno Roland. Composição: Zé Pretinho e Antônio Gilberto dos Santos. Gravadora: Odeon Records, 1938. Duração: 2min46.

ISTO AQUI O QUE É?. Intérprete: Ary Barroso. Composição: Ary Barroso. Gravadora: Odeon Records, 1941. Duração: 2min56.

Filmes

CORRIDA RÚSTICA EM REVESAMENTO. Direção: Humberto Mauro. Produção: INCE. 1936.

PEDRA FUNDAMENTAL DO EDIFÍCIO DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Direção: Humberto Mauro. Produção: INCE. 1937.

BANDEIRANTES. Direção: Humberto Mauro. Produção: INCE. 1940.

O DESPERTAR DA REDENTORA. Direção: Humberto Mauro. Produção: INCE. 1942.

ENSINO INDUSTRIAL. Direção: Humberto Mauro. Produção: INCE. 1945.

Bibliografia

FREGOLET, T.; SCNEIDER, A. L. 1940: o ano que o Brasil oficial se voltou para o Oeste brasileiro. Revista Territórios E Fronteiras, 16(1), 2023, p. 275–295.

HAUSSEN, Doris Fagundes. Rádio e Política: tempos de Vargas e Perón. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1992.

IBGE. Educação. Tendências Demográficas: uma análise da população com base nos resultados dos Censos Demográficos 1940 e 2000. Rio de Janeiro: IBGE, Coordenação de População e Indicadores Sociais, 2007. p. 55. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv34956.pdf. Acesso em: 22 jun. 2025.

MORENTTIN, E. V. Cinema educativo: uma abordagem histórica. Comunicação & Educação, 4, 13-19, 1995.

MOTTA, Nelson. 101 canções que tocaram o Brasil. Rio de Janeiro: Estação Brasil, 20216.

NAPOLITANO, Marcos. Fontes audiovisuais: a história depois do papel. In: PINSK, Carla Bessanezi (org.). Fontes Históricas. São Paulo: Contexto, 2005.

OLIVEIRA, Lúcia Lippi; VELLOSO, Mônica Pimenta; GOMES, Ângela Maria de Castro. Estado Novo: ideologia poder. Rio Janeiro: Zahar Ed., 1982.

PARANHOS, Adalberto. Os desafinados: sambas e bambas no “Estado Novo”. São Paulo: Intermeios, 2015.

PEREIRA, Lara Rodrigues. A criação do Instituto Nacional de Cinema Educativo na Era Vargas: debate e circulação de ideias. Cadernos de História da Educação, vol. 20, 2021.

PEREIRA, Lara Rodrigues. Características do Instituto Nacional de Cinema Educativo: organização administrativa e categorização de suas narrativas. Revista Eletrônica de Educação, v. 14, jan./dez. 2020, p.1-16.

SCHARZMAN, Sheila. O livro das letras luminosas: Humberto Mauro e o Instituto Nacional de Cinema Educativo. Estudos Socine de Cinema, ano III, 2003, p. 01-14.

SCHWARTZMAN, Simon; BOMENY, Helena; COSTA, Vanda M. Ribeiro. Tempos de Capanema. São Paulo: Paz e Terra: Fundação Getúlio Vargas, 2000.

VELLOSO, Mônica Pimenta. Os intelectuais e a política cultural do Estado Novo. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1987.

VELLOSO, Mônica Pimenta. Os intelectuais e a política cultural do Estado Novo. O tempo do nacional-estatismo: do início da década de 1930 ao apogeu do Estado Novo: Segunda República (1930-1945). (Orgs.). FERREIRA, Jorge; DELGADO, Lucila de Almeida Neves. 1.ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2019. p. 154-190

CAPELATO, Maria Helena. O Estado Novo: o que trouxe de novo?. O tempo do nacional-estatismo: do início da década de 1930 ao apogeu do Estado Novo: Segunda República (1930-1945). (Orgs.). FERREIRA, Jorge; DELGADO, Lucila de Almeida Neves. 1.ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2019. p. 113-153.

Published

28/06/2025

How to Cite

APENBURG, M.; MENDONÇA CUNHA, A. Notas de um regime: o Estado Novo entre Canções e Cinema: o Estado Novo entre Canções e Cinema. Textos e Debates, [S. l.], v. 31, n. 01, p. e8678, 2025. DOI: 10.18227/2317-1448ted.v31i01.8678. Disponível em: http://revista.ufrr.br/textosedebates/article/view/8678. Acesso em: 5 dec. 2025.