“Um museu de grandes novidades”:

biopolítica, biopoder, colonialismo e necropolítica bolsonarista de 2018 à 2022.

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.18227/2317-1448ted.v28i02.7986

Palabras clave:

Fascismo, Necropolítica, Bolsonarismo

Resumen

Esse artigo tem como objetivo analisar o avanço da extrema direita bolsonarista no Brasil, tendo como conjuntura o golpe de estado sofrido por Dilma Rousseff, em 2016, quando uma série de conquistas sociais que avançava desde 2003, foram postas em xeque. Após ataques à classe trabalhadora, como a Lei 13467, conhecida como reforma trabalhista, que tolheu em grande parte direitos do trabalhador; e a Emenda Constitucional 95, que limitou por 20 anos os gastos públicos, beneficiando o empresariado e ferindo diretamente a qualidade do serviço público brasileiro; o caminho para a extrema-direita estava sendo pavimentado. Dois anos depois, a eleição de Jair Bolsonaro veio chancelar o início de um período de fortes ataques às liberdades, próprias de um projeto de governo fascista.

Biografía del autor/a

Antonio Manoel Elíbio Junior, Universidade Federal da Paraíba

Professor Adjunto IV do Departamento de Ciências Sociais e do Programa de PósGraduação em Direitos Humanos, Cidadania e Políticas Públicas da Universidade Federal da Paraíba. Doutor em História Social pela Universidade Estadual de Campinas.

Paulo Victor da Silva Carneiro, Universidade Federal da Paraíba

Mestrando do Programa de Pós-Graduação em direitos Humanos, Cidadania e Políticas Públicas da Universidade Federal da Paraíba. 

Citas

ALMEIDA, Silvio. Racismo estrutural: Feminismos plurais. 1 ed. São Paulo: Pólen, 2019. 26p.

BUTLER, Judith. Problemas de Gênero: feminismo e subversão da identidade; Trad. Renato Aguiar. 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008.

CALDEIRA NETO, Odilon. O neofascismo no Brasil, do local ao global? Esboços, Florianópolis, v. 29, n. 52, p. 599-619, set./dez. 2022.

CAZUZA. O tempo não para. Intérprete: Cazuza. Compositores: Cazuza e Arnaldo Brandão. Álbum: Ideologia. Gravadora: Polygram, 1988. Formato: 1 CD.

Congresso em Foco. “Em discurso, Bolsonaro apoiou grupo de extermínio que cobrava R$ 50 para matar jovens da periferia”. Congresso em Foco, 13 out 2018. Disponível em: https://bit. ly/2CdOls3. Acesso em: 10 jul. 2023.

FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Tradução de Renato da Silveira. Salvador: EDUFBA, 2008.

FOUCAULT, M. Ditos e escritos volume IV: estratégia, poder saber. 3a. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2012.

FOUCAULT, Michel. Em Defesa da Sociedade. Trad. De Maria E. Galvão. SP: Martins Fontes, 2000, p. 288-289.

FOUCAULT, Michel. Os anormais. 1 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001, p. 479.

G1 Roraima. O líder Yanomami invejou cerca de 60 pedidos de ajuda ao governo Bolsonaro e não obteve resposta. Disponível em: https://g1.globo.com/rr/roraima/noticia/2023/01/24/lider-yanomami-enviou-cerca-de-60-pedidos-de-ajuda-ao-governo-bolsonaro-e-nao-obteve-resposta.ghtml . Acesso em: 04/09/2023.

Instituto Matizes. LGBTI+: entenda o desmonte nas políticas no governo Bolsonaro. Disponível em: https://institutomatizes.com.br/lgbti-entenda-o-desmonte-nas-politicas-no-governo-bolsonaro/ . Acesso em: 25/07/2023.

LUGONES, María. Rumo a um feminismo descolonial. In: HOLLANDA, H. B. (Org.). Pensamento feminista hoje: conceitos fundamentais. Rio de Janeiro: Bazar do tempo, 2019.

MALDONADO-TORRES, Nelson. A topologia do ser e a geopolítica do conhecimento. Modernidade, império e decolonialidade. In SANTOS, B. De S; MENESES, M. P. (Orgs.), Epistemologias do Sul, p. 337-382. Coimbra: Almedina. 2009.

MBEMBE, Achille. Necropolítica: biopoder, soberania, estado de exceção, política da morte. Tradução de Renata Santini. São Paulo: N-1 edições, 2018. 80 p.

Microfísica do poder; tradução de Roberto Machado. 2 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2015.

PAIM, E. A.; ARAÚJO, H. M. M. Memórias outras, patrimônios outros, e decolonialidades: Contribuições teórico-metodológicas para o estudo de história da África e dos afrodescendentes e de história dos Indígenas no Brasil. Arquivos Analíticos de Políticas Educativas, [S. l.], v. 26, p. 92, 2018. Disponível em: https://epaa.asu.edu/index.php/epaa/article/view/3543. Acesso em: 12, julho de 2023.

QUEIROGA , Luísa. Medida Provisória assinada por Bolsonaro não explicita diretrizes para população LGBTI. 2023. Disponível em: https://oglobo.globo.com/brasil/medida-provisoria-assinada-por-bolsonaro-nao-explicita-diretrizes-para-populacao-lgbti-23341254. Acesso em: 04/09/2023.

SANTOS, Antônio Bispo. Colonização, Quilombo: modos e significados. Brasília: INCTI; UnB; INCT; CNPq; MCTI, 2015.

UOL Notícias. UOL News Noite - 26 de janeiro de 2023. Disponível em: https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2023/01/26/uol-news-noite-26-de-janeiro.htm . Acesso em: 26/07/2023.

WALSH, C. Lo pedagógico y lodecolonial: entretejiendo caminhos. In C. Walsh (Org.) Pedagogíasdecoloniales: Prácticas insurgentes de resistir, (re)existir y (re)vivir (Tomo I; pp. 23-68). Quito: Adicione Abya-Yala, 2013.

Publicado

10/12/2022

Cómo citar

ELÍBIO JUNIOR, A. M. .; DA SILVA CARNEIRO, P. V. . “Um museu de grandes novidades”: : biopolítica, biopoder, colonialismo e necropolítica bolsonarista de 2018 à 2022. Textos e Debates, [S. l.], v. 28, n. 02, p. e7986, 2022. DOI: 10.18227/2317-1448ted.v28i02.7986. Disponível em: http://revista.ufrr.br/textosedebates/article/view/7986. Acesso em: 15 mar. 2025.