SECAS, MIGRAÇÕES E REPRESENTAÇÕES DO SEMI-ÁRIDO NA LITERATURA REGIONAL: POR UMA HISTÓRIA AMBIENTAL DOS SERTÕES DO NORDESTE BRASILEIRO
DOI:
https://doi.org/10.18227/2317-1448ted.v2i15.747Resumo
Este artigo propõe uma reflexão acerca do movimento migratório de trabalhadores nordestinos, a partir da década de 1930. Não obstante certa historiografia tenha frequentemente atribuído como a causa dessa prática as pressões naturais/climáticas peculiares a um clima semi-árido, a literatura a aponta como decorrente das ingerências política e econômica locais, que viriam à tona ou eram intensificados nos períodos de secas prolongadas. Trata-se de desconstruir idéias deterministas que situavam a migração como decorrente apenas do clima, erigindo a imagem de uma natureza “hostil”, “adversa” e “imutável”, responsável pelos maiores problemas dessa sociedade. Nesse sentido, busca-se apreciar na literatura a forma como, simultaneamente, dos encontros criativos advindos da humanização do bioma Caatinga pelas culturas híbridas surgidas da formação pluriétnica dos homens dos “sertões”, surgiam estratégias transculturais e reordenamentos outros que permitiam a sobrevivência biológica e cultural naqueles regimes específicos de historicidade.Downloads
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