UMA ABORDAGEM SOBRE AS DINÂMICAS DO POVO PARESI E O AGRONEGÓCIO NO MUNICÍPIO DE CAMPO NOVO DOS PARECIS, MT
Palavras-chave:
Terras indígenas, agroneg´ócio, Paresis, Mato Grosso, Desenvolvimento RuralResumo
Este artigo examina a relação entre a população indígena Paresi e o agronegócio nas regiões oeste e centro-sul de Mato Grosso, em especial no município de Campo Novo dos Parecis. O objetivo é compreender como essa parceria, que movimenta até R$130 milhões anuais com o cultivo de soja e emprega cerca de 250 indígenas, impacta essas comunidades no que se referem às questões socioeconômicas, como a autodeterminação desse povo indígena e a preservação de sua cultura. A análise revela que, embora essa peculiar experiência de expansão da fronteira do agronegócio tenha gerado novas fontes de renda, também trouxe conflitos com entidades como Funai e Ibama devido à falta de autorização dos órgão públicos para a produção. A criação de uma cooperativa e as tentativas de regularização da produção contrastam com as restrições legais e violação de direitos constitucionais. Alternativas como o etnoturismo, financiadas pelo agronegócio, permanecem secundárias. A metodologia incluiu revisão bibliográfica sobre a questão indígena em Mato Grosso e o papel do agronegócio na dinâmica territorial, fornecendo embasamento teórico à análise, além da análise de dados de órgãos de pesquisa e estatísticas. O estudo conclui que é fundamental implementar políticas públicas que promovam a autonomia econômica das comunidades indígenas, respeitando a alteridade de cada povo e garantindo a preservação ambiental.
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