UN ENFOQUE SOBRE LAS DINÁMICAS DEL PUEBLO PARESI Y EL AGRONEGOCIO EN EL MUNICIPIO DE CAMPO NOVO DOS PARECIS, MT

Autores/as

Palabras clave:

Tierras indígenas, agronegocio, Paresis, Mato Grosso, Desarollo Rural

Resumen

Este artículo examina la relación entre la población indígena Paresi y el agronegocio en las regiones oeste y centro-sur de Mato Grosso. El objetivo es comprender cómo esta asociación, que mueve hasta R$130 millones anuales con el cultivo de soja y emplea a unos 250 indígenas, impacta estas comunidades en lo que respecta a cuestiones socioeconómicas, como la autodeterminación de este pueblo indígena y la preservación de su cultura. El análisis revela que, aunque esta peculiar experiencia de expansión de la frontera del agronegocio ha generado nuevas fuentes de ingresos, también ha traído conflictos con entidades como Funai e Ibama debido a la falta de autorización de los órganos públicos para la producción. La creación de una cooperativa y los intentos de regularización de la producción contrastan con las restricciones legales y la violación de derechos constitucionales. Alternativas como el etnoturismo, financiadas por el agronegocio, siguen siendo secundarias. La metodología combinó una revisión bibliográfica sobre políticas agrarias y cuestiones indígenas en Brasil, y un análisis de datos de organismos de investigación y estadísticas. El estudio concluye que es fundamental implementar políticas públicas que promuevan la autonomía económica de las comunidades indígenas, respetando la alteridad de cada pueblo y garantizando la preservación ambiental.

Biografía del autor/a

Rosana Lia Ravache, Centro Universitário de Várzea Grande

Pós-Doutora em Arquitetura e Urbanismo pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas-SP, Brasil. Doutora em Ciências no Programa de Pós Graduação em Geografia Humana pela Universidade de São Paulo (PPGH-USP), São Paulo-SP, Brasil. Professora da Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário de Várzea Grande (UNIVAG), Várzea Grande-MT, Brasil.

Jessica Seabra, UNIVAG

Doutora em Arquitetura e Urbanismo pelo Instituto de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (IAU-USP), São Carlos - SP, Brasil, Professora do Centro Universitário de Várzea Grande (UNIVAG), Várzea Grande-MT, Brasil. Professora da Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário de Várzea Grande (UNIVAG), Várzea Grande-MT, Brasil.

Citas

ALMEIDA, F. V. R. de, SOUZA, C. I. de (2006). O Projeto para Sustentabilidade em terras Indígenas. In: Povos Indígenas do Brasil. Texto publicado originalmente no livro Povos Indígenas no Brasil 2001-2005, 2006. Disponível em: https://pib.socioambiental.org/files/file/PIB_institucional/PDPI.pdf Acesso em 15 ago 2024.

ANJOS, A. B. Índios Paresi buscam autonomia para manter lavouras de soja. In: Agência Pública, 3 abril 2018. Disponível em: https://apublica.org/2018/04/indios-paresi-buscam-autonomia-para-manter-lavouras-de-soja/ Acesso em 18 ago 2024. AZEVEDO, T. de. Aculturação dirigida: nota sobre a catequese indígena no período colonial brasileiro. In: Trabalhos de Antropologia e Etnologia, 17, 1959. p. 491-512.

BALDUS, H. (1937) Ensaios de etnologia brasileira. São Paulo: Ed. Nacional, 1979. BRASIL. 1ª Conferência Nacional de Política Indigenista. Brasília, abril 2015

BRASIL. Portal do Ministério da Justiça. Fundação Nacional do Índio. 2016? Disponível em: https://dados.mj.gov.br/organization/about/funai Acesso em 20 ago. 2024

BRASIL. Agência Brasil. Governo terá conselho para analisar demarcações de terras indígenas. Disponível em:

https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2019-01/governo-tera-conselho-para-analisar-demarcacoes-indigenas

Acesso em 20 ago 2024. BRASIL. Indígenas Paresi, Nambikwara e Manoki iniciam plantio da safra de soja convencional no Mato Grosso. Fundação Nacional do Índio., 21 out. 2021. Disponível em: https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2021/indigenas-paresi-nambikwara-e-manoki-iniciam-plantio-da-safra-de-soja-convencional-no-mato-grosso Acesso em 20 ago 2024

BRASILIENSE, R. Índio quer soja. O eco, 17 set 2004. Disponível em: https://oeco.org.br/reportagens/822-oeco_10309/ Acesso em 20 ago 2024.

CANOVA, L. Doces bárbaros: imagens dos índios Paresi no contexto da conquista portuguesa em Mato Grosso

(1719-1757). 2001. 105 f. Dissertação (Mestrado em História) - UFMT, Cuiabá, [2001]. CARDOSO DE OLIVEIRA, R. Aculturação e “fricção interétnica”. América Latina, v. 6, n. 3, p. 33-46, 1963.

CARDOSO DE OLIVEIRA, R. Problemas e hipóteses relativos à fricção interétnica: sugestões para uma metodologia. Revista do Instituto de Ciências Sociais, v. 4, n. 1, p. 41-91, 1967.

CENSO 2022: dos 33 municípios do país que se declaram indígenas, dois são de MT. G1, 26 dez. 2023. Disponível em: https://g1.globo.com/mt/mato-grosso/noticia/2023/12/26/censo-2022-dos-33-municipios-do-pais-que-se-declaram-indigenas-dois-sao-de-mt.ghtml Acesso em: 14 ago. 2024.

DARCY, R. As Américas e a Civilização: Formação histórica e causas do desenvolvimento desigual dos povos americanos. Petrópolis: Vozes, 1983.

De LEON, G. P. SILVA, F. S. da S. , NOGAROTO, D., COUZA, A. de A. S.. Um Olhar no entrelace da cultura e educação do povo Paresi Haliti, Mato Grosso, Brasil, Anais do 2º Congresso internacional de Educação, 2010, Ponta Grossa, PR, Brasil.

ETNOTURISMO – Oito aldeias indígenas de Campo Novo do Parecis entram no circuito nacional de turismo. Diário da Serra, 30 jun 2022. Disponível em: http://www.diariodaserra.com.br/Noticia/Detalhes/MTk3Njg3 Acesso em: 14 ago. 2024

FIORAVANTI, L.. Do agronegócio à cidade como negócio: a urbanização de uma cidade mato-grossense sob a perspectiva da produção do espaço. [Tese de doutorado] Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo: Departamento de Geografia, 2018.

HALITI-PARESI WAIKYOHERA. Plano de Gestão Haliti-Paresi. Território Indígena Haliti-Paresi. Mato Grosso, 2019. Disponível em: https://amazonianativa.org.br/wp-content/uploads/2021/08/PGTA_Haliti-Paresi_2019.pdf Acesso em 15 ago 2024.

IMEA. Metodologia para elaboração de justificativa de mapa. Mato Grosso, novembro de 2017. Disponível em:

https://www.imea.com.br/imea-site/view/uploads/metodologia/justificativamapa.pdf Acesso em: 14 ago. 2024.

ÍNDIOS plantam soja no Mato Grosso e levantam polêmica. G1, Globo Rural, 17 mar. 2019. Disponível em: https://g1.globo.com/economia/agronegocios/globo-rural/noticia/2019/03/17/indios-plantam-soja-no-mato-grosso-elevantam-polemica.ghtml Acesso em: 14 ago. 2024.

LUCIANO, G. S. O índio brasileiro: o que você precisa saber sobre os povos indígenas no Brasil de hoje. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade - SECAD em parceria com o Museu Nacional, Laboratório de Pesquisas em Etnicidade, Cultura e Desenvolvimento - LACED, 2006.

MATO GROSSO. Internautas elegem Utiariti a cachoeira mais bela de MT. INDEA MT. In: Indea - SECOM - Secretaria de Comunicação do Estado de Mato Grosso. Disponível em: https://www.indea.mt.gov.br/web/mt/w/5777780-internautas-elegem-utiariti-a-cachoeira-mais-bela-de-mt Acesso em 25 jun 2024

MERLINO, T.; PERES, J.; FUHRMANN, L. Gigantes do agro compram soja de fazendeiros multados por plantio em terra indígena embargada em Mato Grosso. In: O Joio e O Trigo, 29 maio 2023. Disponível em: https://reporterbrasil.org.br/2023/05/gigantes-do-agro-compram-soja-de-fazendeiros-multados-por-plantio-em-terra-indigena-embargada-em-mt Acesso em 20 ago 2024.

MT é o estado com o maior número de indígenas vivendo em territórios originários no Brasil. G1, 7 ago. 2023. Disponível em:

https://g1.globo.com/mt/mato-grosso/noticia/2023/08/07/mt-e-o-estado-com-o-maior-numero-de-indigenas-vivendo

-em-territorios-originarios-no-brasil.ghtml. Acesso em: 14 ago. 2024.

OLIVEIRA, A. U.. A fronteira amazônica mato-grossense: grilagem, corrupção e violência. 1997. 495f. Tese (Livre – Docência) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1997.

OLIVEIRA, C. E. de. Famílias e Natureza: as relações entre família e ambiente na colonização de Tangará da Serra. Dissertação (mestrado). Universidade Federal do Mato Grosso, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Cuiabá, 2002. Disponível em: https://ara.ufmt.ifmt.edu.br/post/familias-e-natureza-as-relacoes-entre-familias-e-ambiente-na-construcao-da-coloni

zacao-de-tangara-da-serra-mt Acesso em 20 ago 2024.

ÓRGÃO Indigenista Oficial. In: Povos Indígenas do Brasil, 2024. Disponível em: https://pib.socioambiental.org/pt/Órgão_Indigenista_Oficial. Acesso em 20 ago 2024

PAES, M. H. R. A questão da língua na escola indígena em aldeias Paresi de Tangará da Serra-MT. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, n.21, p. 52-60, 2002. https://doi.org/10.1590/S1413-24782002000300005

PEREIRA. J. Índios plantam e vendem soja há 15 anos em MT com mão de obra própria e capacitada e recebem elogio do presidente da Funai. Araguaia Notícia, 12 set. 2018. Disponível em: https://araguaianoticia.com.br/noticia/23994/indios-plantam-e-vendem-soja-ha-15-anos-em-mt-com-mao-de-obra-propria-e-capacitada-e-recebem-elogio-do-presidente-da-funai. Acesso em 13 set. 2024.

POZ, J. D. A etnia como sistema: contato, fricção e identidade no Brasil indígena. SOCIEDADE E CULTURA, V. 6, N. 2, JUL./DEZ. 2003, P. 177-188

REESINK, E. B.; REESINK, M. L.. A “conquista espiritual” dos Tupinambá: a originalidade teórico-conceitual da aculturação e o regímem de relação assimétrica de Thales de Azevedo. Caderno CRH, 36, e023016. https://doi.org/10.9771/ccrh.v36i0. 38595

SCHADEN, E. Aculturação indígena: Ensaio sobre fatores e tendências da mudança cultural de tribos índias em contacto com o mundo dos brancos. São Paulo: Ed. Pioneira/Ed. da Universidade de São Paulo, 1969.

SCHIMANOSKI, G. Mato Grosso possui o único pedágio indígena regulamentado do país. In: Instituto Socioambiental, 6 ago 2017. Disponível em: https://acervo.socioambiental.org/index.php/acervo/noticias/mato-grosso-possui-o-unico-pedagio-indigena-regulam

entado-do-pais Acesso em 18 ago 2024.

SCOBAR, L. Inclusão social e escolar, 13 fev. 2013. Disponível em: https://jraleandro.blogspot.com/2013/02/e-dificil-pensarmos-que-pessoas-sao.html?m=1 Acesso em 20 ago 2024.

SILVA, M. P. S. da. Da aldeia para a cidade: a matemática da etnia Paresi e a inserção escolar indígena. Dissertação (mestrado). Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Curso de Pós-Graduação em Educação Agrícola, Rio de Janeiro, 2013. Disponível em: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/12515 Acesso em 18 ago 2024.

SOUZA, M. L. de. O território: sobre espaço e poder, autonomia e desenvolvimento. In: CASTRO, I. E. de et al. (Orgs.) Geografia: Conceitos e temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995. pp. 77-116.

SOUZA, M. L. de. Os conceitos fundamentais da pesquisa socio-espacial. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2013.

TERÇAS, A. C. P.; NASCIMENTO, V. F.; HATTORI, T. Y.; ZENAZOKENAE, L. E.; ATANAKA, M.; LEMOS, E. R. S. de. Os Haliti-Paresí: uma reflexão sobre saúde e demografia da população residente nas terras indígenas Paresí. Espaço Ameríndio, Porto Alegre, v. 10, n. 1, p. 226-253, jan./jun. 2016. DOI: https://doi.org/10.22456/1982-6524.60301 Acesso em 18 ago 2024.

TOSI, M. “Não precisamos de esmola nem cesta básica”: a revolução agrícola dos índios Paresí. Gazeta do Povo, 29 março 2024. Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/agronegocio/nao-precisamos-de-esmola-nem-cesta-basica-a-revolucao-agricola- dos-indios-paresi/ Acesso em 20 ago 2024.

TRES, A.; TETTO, A. F.; WENDLING, W. T.. Classificação do estado de Mato Grosso segundo sistema de zonas de vida de Hildridge. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.13 n.23; p. 2016. DOI: 10.18677/Enciclopedia_Biosfera_2016_029.

Publicado

23/12/2024

Cómo citar

Lia Ravache, R., & Seabra, J. (2024). UN ENFOQUE SOBRE LAS DINÁMICAS DEL PUEBLO PARESI Y EL AGRONEGOCIO EN EL MUNICIPIO DE CAMPO NOVO DOS PARECIS, MT. REVISTA GEOGRÁFICA ACADÊMICA, 18(2), 125–146. Recuperado a partir de http://revista.ufrr.br/rga/article/view/8307