REVISTA GEOGRÁFICA ACADÊMICA http://revista.ufrr.br/rga <p><em>*English text below</em></p> <p>ORCiD: <a href="https://orcid.org/0009-0005-5337-3833">https://orcid.org/0009-0005-5337-3833</a></p> <p>A Revista Geográfica Acadêmica tem por objetivo publicar artigos científicos no escopo das grandes áreas de Ciências da Terra e Sociais Aplicadas, sendo áreas correlatas à Geografia. Atualmente, este periódico é vinculado ao <a href="https://tmorato2.wixsite.com/mepa" target="_blank" rel="noopener">Laboratorio de Métricas da Paisagem (Dep. de Geografia/Hydros)</a> sediado na Universidade Federal de Roraima - UFRR).</p> <p>Esta revista é aberta, não cobra qualquer tipo de taxa para submissão ou aquisição do material aqui divulgado. O material publicado pode ser copiado de forma inteira ou parcial desde que seja citada a fonte. 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ANÁLISE TEMPORAL E ESPECTRAL DO SENSOR MODIS NO MONITORAMENTO DA REGENERAÇÃO PÓS-INCÊNDIO NO CERRADO http://revista.ufrr.br/rga/article/view/8125 <p>Este estudo aborda a dinâmica de incêndios e a subsequente regeneração da vegetação no bioma Cerrado, focando em como a frequência de queimadas afeta a resiliência e recuperação do ecossistema. Utilizando imagens de satélite do sensor MODIS para um período de 22 anos (2001-2023), avaliamos a extensão das áreas queimadas, a frequência de incêndios e a eficácia dos processos de regeneração da vegetação pós-queima. A análise revela que aproximadamente 60% da área total do Cerrado foi afetada por incêndios, com anos específicos, como 2007, 2010 e 2012, apresentando um número elevado de fragmentos de áreas queimadas. A análise de regeneração, baseada no número de fragmentos e na área total queimada, indica que, embora a resiliência do Cerrado permaneça alta sob um critério de 80% de regeneração, há uma preocupação emergente quanto à capacidade de regeneração completa, especialmente considerando um limiar de 95%. Os resultados sugerem que, apesar dos frequentes incêndios, a capacidade regenerativa do Cerrado pode estar diminuindo, potencialmente devido à perda de nutrientes do solo após sucessivos eventos de queima. Com base neste estudo pode ser utilizado para o desenvolvimento de estratégias de manejo e intervenções destinadas a garantir a preservação e sustentabilidade deste importante bioma, ressaltando a complexidade de enfrentar desastres naturais em meio às mudanças climáticas.</p> Jonathan da Rocha Miranda Juliana Terezinha Santos Cruz Luana Kássia Gomes Linhares Gracielle de Brito Salles Bruno Oliveira Lafetá Copyright (c) 2024 REVISTA GEOGRÁFICA ACADÊMICA https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-12-23 2024-12-23 18 2 5 18 RELAÇÕES ENTRE INCIDÊNCIA DE QUEIMADAS E A DINÂMICA DA VEGETAÇÃO NO PARQUE NACIONAL DA CHAPADA DAS MESAS, MARANHÃO - BRASIL: UMA ABORDAGEM A PARTIR DE MÉTRICAS FENOLÓGICAS DERIVADAS DE SENSORIAMENTO REMOTO http://revista.ufrr.br/rga/article/view/8276 <p>O Cerrado é um dos principais biomas brasileiros, sendo considerado como um dos mais importantes hotspots de biodiversidade do planeta. Ainda que o fogo assuma um papel muito importante no funcionamento destes ecossistemas, as alterações antrópicas recentes nos regimes naturais de queima representam uma ameaça significativa para sua conservação. Este estudo busca determinar os efeitos das queimadas nas diferentes fitofisionomias do Cerrado, utilizando dados da série histórica do NDVI derivados do MODIS no período de 2000 e 2018, na região do Parque Nacional da Chapada das Mesas (PNCM). Inicialmente foi gerada uma classificação das fitofisionomias vegetais da área por meio da análise de imagens de alta resolução espacial (Dove PlanetScope), utilizando o algoritmo random forest. O histórico de fogo (entre 2000-2018) da área foi obtido com base na série temporal de imagens Landsat. As imagens NDVI foram processadas no programa TIMESAT, gerando métricas relacionadas ao ciclo fenológico da vegetação (data de início, pico, final do período de crescimento, duração e máxima produtividade do ciclo). Identificou-se que as queimadas têm impacto nos ciclos fenológicos da vegetação, alterando as datas de início e fim do ciclo, níveis máximos de NDVI da vegetação. Os resultados ressaltam o potencial de uso de dados de sensores remotos para usar a fenologia vegetativa das plantas como um indicador para avaliar os efeitos do fogo na dinâmica da vegetação, gerando informações que podem contribuir para uma melhor gestão e monitoramento de queimadas do PNCM, sendo uma das riquezas do bioma cerrado existentes no Estado do Maranhão.</p> Izadora Santos de Carvalho Klinsmann Augusto Lavra Barros Daniel Borini Alves Tiago Massi Ferraz Swanni T. Alvarado Copyright (c) 2024 REVISTA GEOGRÁFICA ACADÊMICA https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-12-23 2024-12-23 18 2 19 41 POR UMA GEOGRAFIA DA COMPLEXIDADE http://revista.ufrr.br/rga/article/view/8278 <p>O pensamento geográfico se transforma no espaço-tempo, refletindo e agindo nas grandes questões da sociedade. O desenvolvimento da geografia passa por diversas fases e correntes epistemológicas, gerando abordagens distintas e, por vezes, antagônicas. Neste trabalho se propõe uma discussão sobre a teoria da complexidade e sistemas complexos como abordagem epistemológica da geografia, especialmente diante dos desafios da sociedade digital e globalizada do século XXI. Ao incorporar a complexidade em seus fundamentos, a geografia busca superar dualidades históricas, integrando homem e natureza. A proposta é uma geografia de forte impacto social, capaz de compreender dilemas complexos, proporcionando respostas concretas e promovendo a emancipação, ultrapassando barreiras acadêmicas em prol de uma ciência de ação sensível às dimensões humanas e conectada à nova realidade contemporânea.</p> Anderson Azevedo Mesquita Alexsande de Oliveira Franco José Genivaldo do Vale Moreira Rodrigo Otávio Pérea Serrano Copyright (c) 2024 REVISTA GEOGRÁFICA ACADÊMICA https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-12-23 2024-12-23 18 2 42 59 AVALIAÇÃO DE ÍNDICES DE VEGETAÇÃO NA ESTIMATIVA DE VOLUME EM FLORESTAS DECIDUAIS: UM MODELO PREDITIVO http://revista.ufrr.br/rga/article/view/8289 <p>O sensoriamento remoto possibilita entender as características físicas, químicas e biológicas de um sistema florestal, de forma indireta, o que tem sido um desafio em diversas pesquisas. Correlacionar os dados oriundos destes sensores com aqueles dados amostrais adquiridos em campo, através de coletas e medições das formações florestais, pode ser uma estratégia bastante eficaz no entendimento da estrutura florestal e de todo o fragmento a ser estudado. A revisão bibliográfica sobre o assunto permitiu uma análise e discussão sobre as metodologias utilizadas nos estudos acadêmicos, em especial, os índices de vegetação, extraídos de dados adquiridos por imagens de satélite, bem como sua correlação com os dados primários de inventário florestal, utilizando-se do modelo estatístico de regressão linear. O desenvolvimento prático do trabalho se deu sobre um fragmento florestal de fitofisionomia denominada Floresta Estacional Decidual (Mata Seca) em Funilândia, Minas Gerais, Brasil, onde foram coletadas 8 (oito) parcelas amostrais devidamente inventariadas e submetidas às análises estatísticas em escritório. Nesta pesquisa foi encontrada uma forte correlação entre os índices de vegetação, em especial o GNDVI (0,82), e os volumes de madeira das amostras coletadas em campo. Esse fato permitiu atingir o principal objetivo da presente pesquisa, o qual foi realizar a extrapolação do volume de todo fragmento florestal estudado por meio do modelo preditivo.</p> <p> </p> Leonardo Franklin de Carvalho Marcelo Antonio Nero Copyright (c) 2024 REVISTA GEOGRÁFICA ACADÊMICA https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-12-23 2024-12-23 18 2 60 75 O PROTAGONISMO DOS AGRICULTORES FAMILIARES NA RECUPERAÇÃO FLORESTAL NA AMAZÔNIA ORIENTAL http://revista.ufrr.br/rga/article/view/8294 <p>Em Irituia, Nordeste Paraense, observa-se um movimento na agricultura familiar que contribui para a recomposição florestal nas propriedades rurais. No entanto, alguns autores argumentam que a recuperação florestal por pequenos agricultores, têm sido superestimadas, alegando limitações que impedem a recuperação florestal em uma escala mais ampla. O artigo analisou se a recuperação florestal realizada por agricultores familiares em Irituia, tem a capacidade de alcançar escala paisagística e, se sim, como esses agricultores familiares conseguem ganhar escala na recuperação florestal das paisagens. Através de entrevista histórica, aplicação de questionário e análise espacial ao longo de 30 anos, analisou-se a trajetória do uso do solo em propriedades rurais (familiar e não familiar), averiguando a contribuição de cada categoria para a recuperação florestal e quais propulsores que contribuíram para o ganho de escala da recuperação florestal em propriedades agrícolas familiares. Dessa forma, constatou-se que a agricultura familiar em Irituia tem a capacidade de ganhar escala na recuperação florestal da paisagem, mesmo essa categoria representando apenas 27% do município, tendo como propulsores principais: a crise das roças e das pastagens; a complementação entre os SAFs e a regeneração natural; a participação em organizações sociais; e a dualidade entre obrigação e conscientização. O estudo destaca a importância desses agricultores e dos fatores impulsionadores que os capacitam a expandir a recuperação florestal. Isso não apenas contribui para a conservação do meio ambiente e a mitigação dos efeitos do desmatamento, mas também reconhece o potencial e a relevância das comunidades locais na promoção da sustentabilidade ambiental.</p> Karla de Souza Santos Lívia de Freitas Navegantes Alves Emilie Coudel Copyright (c) 2024 REVISTA GEOGRÁFICA ACADÊMICA https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-12-23 2024-12-23 18 2 76 99 MUDANÇA NO PARÂMETRO BIOFÍSICO NO FORNECEDOR DOS SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS DE SUPORTE: APP E RL NO NORTE MATO-GROSSENSE http://revista.ufrr.br/rga/article/view/8304 <p>A Floresta Amazônica oferece suporte de recursos naturais essenciais para a vida, sendo sua conservação necessária para a manutenção da biodiversidade e serviços ecossistêmicos. Áreas de Reserva Legal e Áreas de Preservação Permanente desempenham papel importante na preservação da biodiversidade e são fornecedoras dos serviços ecossistêmicos de suporte, como a manutenção de oferta de água potável, de madeira e habitat para uma diversidade de fauna e flora. Entretanto, a Floresta Amazônica tem sido amplamente devastada, principalmente pelo desmatamento para o avanço da agropecuária. Esse bioma é ainda mais prejudicado em estados como o Mato Grosso. Dessa forma, este estudo tem como objetivo analisar o índice de vegetação por diferença normalizada (NDVI) na área de vegetação protegida (Reserva Legal/RL e Área de Preservação Permanente/APP), fornecedoras de <em>serviço ecossistêmico de suporte</em>, em propriedade privada registrada no Cadastro Ambiental Rural (CAR) nos municípios de Sinop e Alta Floresta (MT) no período de 1990 a 2020, aqueles com alto potencial de desmatamento no estado. Para a realização deste trabalho, foram utilizadas imagens de satélite Landsat para extração do índice de NDVI nos anos de 1990, 2000, 2010 e 2020. Os resultados das análises mostraram que ocorreu menor refletância na biomassa, com NDVI de 0,2 a 0,3, no ano de 2020 em comparação como anos anteriores, com refletância do NDVI acima de 0,4 a 0,8 em ambos os municípios supracitados. Em Sinop e Alta Floresta, a necessidade de recuperação de área de reserva legal e também da mata ciliar. .</p> Celso DE Arruda Souza Ernandes Sobreira Oliveira Junior Sandra DE Souza Hacon Copyright (c) 2024 REVISTA GEOGRÁFICA ACADÊMICA https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-12-23 2024-12-23 18 2 100 124 UMA ABORDAGEM SOBRE AS DINÂMICAS DO POVO PARESI E O AGRONEGÓCIO NO MUNICÍPIO DE CAMPO NOVO DOS PARECIS, MT http://revista.ufrr.br/rga/article/view/8307 <p> Este artigo examina a relação entre a população indígena Paresi e o agronegócio nas regiões oeste e centro-sul de Mato Grosso, em especial no município de Campo Novo dos Parecis. O objetivo é compreender como essa parceria, que movimenta até R$130 milhões anuais com o cultivo de soja e emprega cerca de 250 indígenas, impacta essas comunidades no que se referem às questões socioeconômicas, como a autodeterminação desse povo indígena e a preservação de sua cultura. A análise revela que, embora essa peculiar experiência de expansão da fronteira do agronegócio tenha gerado novas fontes de renda, também trouxe conflitos com entidades como Funai e Ibama devido à falta de autorização dos órgão públicos para a produção. A criação de uma cooperativa e as tentativas de regularização da produção contrastam com as restrições legais e violação de direitos constitucionais. Alternativas como o etnoturismo, financiadas pelo agronegócio, permanecem secundárias. A metodologia incluiu revisão bibliográfica sobre a questão indígena em Mato Grosso e o papel do agronegócio na dinâmica territorial, fornecendo embasamento teórico à análise, além da análise de dados de órgãos de pesquisa e estatísticas. O estudo conclui que é fundamental implementar políticas públicas que promovam a autonomia econômica das comunidades indígenas, respeitando a alteridade de cada povo e garantindo a preservação ambiental.</p> Rosana Lia Ravache Jessica Seabra Copyright (c) 2024 REVISTA GEOGRÁFICA ACADÊMICA https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-12-23 2024-12-23 18 2 125 146 CARACTERIZAÇÃO MORFOMÉTRICA DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO FRAGOSO, PERNAMBUCO, BRASIL http://revista.ufrr.br/rga/article/view/8318 <p>A caracterização morfométrica de uma bacia hidrográfica é fundamental para a gestão eficiente dos recursos hídricos, pois está diretamente ligada ao seu regime hidrológico. A compreensão dessas características é crucial para a gestão e o planejamento dos recursos hídricos de uma região, servindo como base para decisões de gestores e profissionais, e auxiliando na formulação de políticas públicas que promovam a convivência equilibrada entre a população e os recursos hídricos. Este estudo teve como objetivo analisar as características morfométricas da bacia do rio Fragoso, um afluente do rio Paratibe localizado na Região Metropolitana do Recife (RMR), no estado de Pernambuco, utilizando Modelos Digitais de Elevação (MDE) derivados de perfilamento a <em>laser</em> aerotransportado (LiDAR). Foram realizadas a delimitação automática da bacia, a extração da rede hidrográfica e a obtenção de parâmetros morfométricos geométricos, hidrográficos e de relevo. Os resultados mostraram que a bacia do rio Fragoso possui um formato alongado e um sistema de drenagem considerado como bom. O canal principal tem um formato com tendência retilínea e as altitudes variam entre 0,08 m e 78,81 m. Essa análise possibilitou a identificação das fragilidades e potencialidades da bacia, destacando aspectos como suscetibilidade a enchentes, tendência ao assoreamento, velocidade do fluxo, condições de <em>habitat</em>, desenvolvimento do relevo, entre outros fatores.</p> Amaury Gouveia Pessoa Neto Simone Rosa da Silva Marcus Metri Corrêa Henrique dos Santos Felipetto Copyright (c) 2024 REVISTA GEOGRÁFICA ACADÊMICA https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-12-23 2024-12-23 18 2 147 169 A DINÂMICA ESPAÇO-TEMPORAL DOS FOCOS DE CALOR NO MUNICÍPIO DE TARTARUGALZINHO/AP, COM BASE NA VARIABILIDADE PLUVIOMÉTRICA E DO DESMATAMENTO, NO PERÍODO DE 2001 A 2022 http://revista.ufrr.br/rga/article/view/8285 <p>Este estudo investiga a relação entre variabilidade pluviométrica, desmatamento e ocorrência de focos de calor no município de Tartarugalzinho, Amapá, entre 2001 e 2022. Dada a importância da Amazônia para o equilíbrio climático global, a pesquisa analisa dados de precipitação, desmatamento e focos de calor, além das manifestações El Niño e La Niña, utilizando ferramentas de geoprocessamento (QGIS). Os resultados indicam uma relação moderado entre desmatamento e focos de calor, enquanto a influência da experiência sobre os focos de calor foi fraca. A sobreposição de mapas de Kernel mostrou que o desmatamento se concentra historicamente em áreas com assentamentos rurais e ao longo da BR-156, coincidindo com zonas de alta e média densidade de focos de calor. Isso sugere que o desmatamento contribui para a ocorrência e concentração de focos de calor, especialmente durante eventos climáticos extremos. A análise destacou a necessidade de considerar tanto os fatores climáticos quanto a influência antropogênica na dinâmica ambiental, fornecendo uma base sólida para decisões informadas e estratégias sustentáveis.</p> Jaqueline Homobono Nobre José Mauro Palhares José Falcão Sobrinho Copyright (c) 2024 REVISTA GEOGRÁFICA ACADÊMICA https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-12-23 2024-12-23 18 2 170 188