Mulheres guineenses no associativismo informal de poupança:

um estudo etnográfico no grupo das abotas

Autores

  • Renata Maria Franco Ribeiro Instituto Politécnico de Lisboa-ISCTE

DOI:

https://doi.org/10.18227/2675-3294repi.v5i1.8352

Palavras-chave:

Mulheres guineenses;, Associativismo informal;, Grupo de poupança;, Redes de entreajuda;, Poder social.

Resumo

Este trabalho aborda como as mulheres guineenses de pertencimento étnico fula, mandinga e manjaco — mães, trabalhadoras e ativistas — se organizam de forma associativa, especificamente no caso do associativismo informal, como a estratégia de poupança conhecida como abotas. Interessa-nos, através das narrativas pessoais das nossas participantes, compreender as motivações para migrar e como se articulam as redes sociais para alcançar seus objetivos, fazendo uso do poder social e da capacidade de articulação na "minderjdadi" das mulheres guineenses na diáspora. São mulheres residentes no bairro Vale da Amoreira, na Grande Lisboa que mantem laços e vínculos familiares e de negócios com a sociedade de origem.

Biografia do Autor

Renata Maria Franco Ribeiro , Instituto Politécnico de Lisboa-ISCTE

Doutoranda em Estudos Africanos pelo Instituto Politécnico de Lisboa-ISCTE. Professora da rede Pública Municipal da Secretaria de Guaramiranga- Ceará-Brasil. Licenciada em História e Geografia pela Universidade Estadual Vale do Acaraú-Ce.

Referências

ABRANCHES, M. Pertenças fechadas em espaços abertos. Estratégias de (re)construção identitária de mulheres muçulmanas em Portugal. 2007. Lisboa: ACIDI.

ALBUQUERQUE, Rosana. Associativismo, capital social e mobilidade: contributos para o estudo da participação associativa de descendentes de imigrantes africanos lusófonos em Portugal. 2013. Lisboa: Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural (ACIDI, I.P.).

BALDÉ, Saico Djibril. Do Bandim (Bissau) ao Rossio (Lisboa): O impacto das remessas dos emigrantes nas sociedades guineenses. Tese de Doutoramento Universidade de Lisboa, 2007.

BORGES, Maria. Migrações e Género: Acerca das migrações guineenses em Portugal. 7.º CONGRESSO IBÉRICO DE ESTUDOS AFRICANOS | 7.º

CARDOSO DE OLIVEIRA, R. O Trabalho do Antropólogo, Olhar, Ouvir, Escrever. Revista de Antropologia, 39 (1): 13-37., 1994.

CONGRESO DE ESTUDIOS AFRICANOS,2010. | https://repositorio.iscte- iul.pt/bitstream/10071/2317/1/CIEA7_18_BORGES_Migra%C3%A7%C3%B5es%20 e%20G%C3%A9nero.pdf Acesso: 25 de julho de 2024.

COSTA, B.A. Diáspora guineense como agente de desenvolvimento local: o papel das associações guineenses em Portugal nos projetos de cooperação e desenvolvimento na Guiné-Bissau. Dissertação de Mestrado. Lisboa: IUL, 2016.

GOMES, Patrícia Godinho. “A Mulher guineense como sujeito e objeto do debate histórico contemporâneo”: excertos da história de vida de Teodora Inácia Gomes. Africa Development, Volume XLI, No. 3, pp. 71-95, 2016.

GOMES, Patrícia Godinho. “As mulheres do setor informal. Experiências da Guiné- Bissau.”, in. África. Puentes, conexiones e intercambios, Actas del VI Congreso de Estudios Africanos en el mundo ibérico, Las Palmas, Aquario, p.682-701, 2010.

GOMES, Peti Mama. Mulheres em Associação na Guiné-Bissau: gênero e poder em Bobock e Bontche / Peti Mama Gomes. - Redenção, 2019. 111f: il. Dissertação - Curso de Mestrado Acadêmico Em Antropologia Ufc/unilab, Mestrado Em Antropologia, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, Redenção, 2019.

MACHADO, Fernando Luís. Contrastes e Continuidades – Migração, Etnicidade e Integração dos Guineenses em Portugal, Oeiras, Celta Editora, 2002.

MACHADO, Fernando Luís. Da Guiné-Bissau a Portugal: Luso- Guineenses e Imigrantes. Sociologia: Problemas e Práticas, Lisboa, nº 26, p. 9-56, 1998. Centro de Investigação e Estudos de Sociologia, Departamento de Sociologia, ISCTE.

MIGUEL GODINHO, Susana. Novos Possiveis: estrategias identitárias de Mulheres oriundas da Guiné-Bissau em Portugal. 1ªed.Teses:3, 2010.

Moreira, J.K. (2017) A Cultura di Matchundadi na Guiné-Bissau: Género, Violências e Instabilidade Política. Tese de doutoramento Universidade de Lisboa.

NASCIMENTO, Augusto. O Associativismo Feminino São-tomense em Lisboa: Uma questão de género? Associativismo Feminino São-tomense em Lisboa: Uma questão de género? (openedition.org) , 2010.Consulta em julho de 2024

SEMEDO, Odete da Costa. “As Mandjuandadi - Cantigas de Mulher na Guiné- Bissau: da Tradição Oral à Literatura”. Tese de Doutoramento em Literaturas de Língua Portuguesa, Belo Horizonte, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais,2010.

SCOTT, Joan. “Gênero: uma categoria útil de análise histórica”. IN: Mulher e

realidade: mulher e educação. Porto Alegre, Vozes, V. 16, nº 2, jul/dez de 1990. Disponível em https://www.scielo.br/j/cpa/a/9qWCTLfW8Qvr9bTspS9dSsd/?lang=pt&format=pdf. Acesso em: 17 out. 2016.

QUINTINO, M. C. R. Práticas associativas de guineenses, conexões transnacionais e

Cidadania incompleta. Migrações, 6:81-102, 2010.

http://www.oi.acidi.gov.pt/docs/Revista_6/Migr6_Sec1_Art3.pdf. Consultado em 10 de julho de 2024 Relatório de Imigração Fronteira e Asilo https://www.sef.pt/pt/Documents/RIFA2022%20vF2a.pdf acesso Julho de 2024

Downloads

Publicado

20/12/2024

Como Citar

RIBEIRO , R. M. F. . Mulheres guineenses no associativismo informal de poupança: : um estudo etnográfico no grupo das abotas . Revista Educação, Pesquisa e Inclusão, [S. l.], v. 5, n. 1, 2024. DOI: 10.18227/2675-3294repi.v5i1.8352. Disponível em: http://revista.ufrr.br/repi/article/view/8352. Acesso em: 6 fev. 2025.

Edição

Seção

Dossiê Educação e Interculturalidade