Religiosidades nova era e Círculos de Mulheres no Brasil:
hibridismos, redes e cortes
DOI:
https://doi.org/10.18227/2317-1448ted.v29i01.8003Palavras-chave:
Religiosidades, Nova Era, Círculos de Mulheres, Terapêuticas Alternativas, Hibridismos Nova EraResumo
O texto apresenta algumas cartografias do movimento nova era, identificando processos de amálgama, disseminação e contágio de uma rede de proliferação de híbridos, mas também de pontos de interrupção: na errância nova era; na nova era popular e na indigenização da nova era. O “vazamento” da questão terapêutica para fora da nova era marca um ponto de corte especialmente significativo. Novos pontos de corte podem ser percebidos na sustentação das redes condensadas da nova era, como as vivências dos Círculos de Mulheres, que lançam luzes sobre os desdobramentos que articulam ecofeminismo e interseccionalidade de raça e gênero.
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