Vagina, corpo e mente entre a branquitude e o sagrado feminino no Brasil do século XXI
DOI:
https://doi.org/10.18227/2317-1448ted.v29i01.7998Palavras-chave:
Sagrado feminino, Branquitude, AutocuidadoResumo
O presente artigo apresenta parte das conclusões de uma longa etnografia multissituada sobre o movimento do sagrado feminino e as dinâmicas raciais dentro e no entorno dele que realizei entre 2019 e 2023. A descrição passa por uma localização histórica, relatos etnográficos, netnografia e análise dos elementos que considero mais importantes para a compreensão dessa agitação social que ressurgiu fortemente a partir de 2015 no Brasil. O movimento do sagrado feminino é composto por mulheres urbanas de classe média, predominantemente jovens e brancas, que buscam um estilo de vida focado no autocuidado do que chamo de “complexo vagina-corpo-mente” e na necessidade de retomar uma essência feminina perdida. O movimento se disseminou nas redes sociais catapultado pelo feminismo branco. A branquitude desempenha um papel central neste campo, apropriando-se de elementos de diferentes tradições culturais para o exercício de sua autoridade.
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