MORBIMORTALIDADE POR VIOLÊNCIA ENTRE OS VENEZUELANOS OCORRIDA NO ESTADO DE RORAIMA, BRASIL

Autores

  • Maria Soledade G. Benedetti Universidade Federal de Roraima
  • Márian Benedetti Araújo Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado de Roraima

DOI:

https://doi.org/10.18227/2317-1448ted.v1i32.5695

Palavras-chave:

Imigrantes, Roraima, Violências

Resumo

Analisar a morbidade e a mortalidade por violência ocorrida em Roraima entre os venezuelanos no período de 2009 a agosto de 2018. MÉTODO: Estudo descritivo, por meio dos dados de morbidade de violência sexual e autoprovocada (tentativa de suicídio) do SINAN, e de mortalidade por acidente de transporte terrestre (ATT), lesão interpessoal (homicídio), e lesão autoprovocada (suicídio) do SIM, ambos da vigilância em saúde estadual. RESULTADOS: Foram notificados 7.261 casos de violência no estado, destas, 21,1% por violência sexual e 17,5% por tentativa de suicídio. Os imigrantes concentraram 0,4% das violências, destes, 80,6% ocorreram entre venezuelanos, nessa população, 24% (n=6) foram por violência sexual e 20% (n=5) por tentativa de suicídio. As violências sexuais foram por estupro; 33,3% entre 5-9 anos e 77,7% de 10-14 anos; e 83,3% no sexo feminino. As tentativas de suicídio, 80% foram no sexo masculino; 20% nas faixas etárias de 15- 19 anos, 20-29 anos e 30-39 anos, cada, e 40% de 40-49 anos. O SIM captou 3.176 mortes por violências no estado (16% do total). Entre os venezuelanos, ocorreram 56 mortes, destas 55,3% (n=31) por violências, sendo ATT (80,7%), homicídio (12,9%) e suicídio (6,5%). DISCUSSÃO/ CONCLUSÃO: A partir de 2016 Roraima registrou um aumento significativo do fluxo imigratório de venezuelanos que fogem da atual crise econômica do País, e essas pessoas ficam vulneráveis as várias formas de violência, tanto no papel de vítima como podem ser agressores.

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Publicado

18/07/2019

Como Citar

BENEDETTI, M. S. G.; ARAÚJO, M. B. MORBIMORTALIDADE POR VIOLÊNCIA ENTRE OS VENEZUELANOS OCORRIDA NO ESTADO DE RORAIMA, BRASIL. Textos e Debates, [S. l.], v. 1, n. 32, 2019. DOI: 10.18227/2317-1448ted.v1i32.5695. Disponível em: http://revista.ufrr.br/textosedebates/article/view/5695. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Dossiês