CONSTRUÇÃO SOCIAL DE MERCADOS AGROALIMENTARES E A ATER: DESAFIOS PARA O DESENVOLVIMENTO DO TERRITÓRIO DO SERTÃO OCIDENTAL DE SERGIPE

Autores

  • João Ernandes Barreto Nascimento Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
  • Fernanda Viana de Alcantara Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
  • Acssuel de Sousa Lisboa Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
  • Mateus Costa Santos Universidade Estadual do sudoeste da Bahia

Palavras-chave:

Mercados agroalimentares, ATER, Desenvolvimento rural, Agricultura familiar.

Resumo

É reconhecido que o Século XXI é marcado por transformações socioprodutivas ligadas a alteração do papel e da maneira de enxergar o rural contemporâneo e neste contexto, ganha força o debate sobre como pode-se produzir melhor para alimentar os centros urbanos, assim como as ações de desenvolvimento rural tendem a enfatizar novas configurações da cadeia de abastecimento alimentar, sendo um elemento crucial para essas estratégias, o incentivo a práticas como a agricultura orgânica e a venda direta ao consumidor através de cadeias curtas. O objetivo do trabalho em tela consiste em analisar a tipologia dos mercados acessados agricultores familiares do Território do Sertão Ocidental de Sergipe (TSOS), relacionando com a relevância da Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) como uma ação capaz de apoiar a construção social de mercados agroalimentares. Além da fundamentação teórica, ressalta-se a coleta de dados primários, e a análise de sessenta questionários semiestruturados aplicados aos agricultores familiares que rebem ou não ATER. Destaca-se ainda, entrevistas com os consumidores e vendedores de alimentos da agricultura familiar, assim como entrevistas em órgãos e empresas de ATER, fundamentando o debate em torno de questões relacionadas aos mercados acessados, desafios da matriz produtiva, estratégias e entraves para o desenvolvimento do TSOS. Percebe-se a importância da construção de mercados que garantam a reprodução da agricultura familiar, sendo possível evidenciar e relacionar quatro tipos no caso do TSOS. No entanto, o mercado classificado como local ou territorial acaba sendo o mais presente na vida das famílias rurais do território em questão, sendo dominado pela figura do intermediário comerciante, o qual, possui interesses e mecanismos para a circulação das mercadorias de origem agrícola, consequentemente, acabam dominando os mercados convencionais, e consequentemente, atuando nas esferas locais e globais.

Biografia do Autor

João Ernandes Barreto Nascimento, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Geógrafo licenciado pela Universidade Federal de Sergipe. Mestrando em Geografia (bolsista da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da UESB), vinculado ao Programa de Pós-graduação da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - PPGeo/UESB (Inserido na linha de pesquisa: Produção dos espaços rurais e urbanos). Membro do Grupo de Pesquisa Sobre Dinâmica Rural e Regional (GDRR/UFS/CNPq). Tem interesse e desenvolve pesquisas sobre: Geografia Rural; Agricultura Familiar; Desenvolvimento; Dinâmicas territoriais; Políticas públicas e Mercados Agroalimentares.

Fernanda Viana de Alcantara, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Professora doutora em Geografia pela Universidade Federal de Sergipe - UFS - com Estagio do Programa de Doutorado Sanduíche - CAPES na Universidade de Lisboa. Possui graduação em Licenciatura Plena Em Geografia pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (2000), especialização em Geografia e Desenvolvimento Local pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) e mestrado em Geografia pela Universidade Federal de Sergipe (2007). Atualmente é professora adjunta 40 horas no curso de Licenciatura e Pos-Graduação em Geografia do Departamento de Geografia e Vice-Coordenadora do Programa de Pos-Graduação em Geografia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia e Desenvolvimento Territorial, atuando principalmente nos seguintes temas: ensino de geografia, desenvolvimento regional, políticas públicas, desenvolvimento territorial rural, meio ambiente e em coordenação da área de Ciências Humanas. E também atuou no ensino superior dos cursos de graduação e pós-graduação do Instituto Superior de Teologia Aplicada (INTA), e membro dos Grupos de Pesquisa: Transformações no Mundo Rural e Trabalho Mobilidade do Trabalho e Relação Campo-Cidade, desenvolvendo atividades nos Projetos Gestão dos Territórios Rurais e Desenvolvimento Territorial e Politicas Publicas: As Intervenções no Espaço Rural e membro do Núcleo de Extensão em Desenvolvimento Territorial do Território do Sudoesta - BA (Edital CNPq/MDA/SPM-PR Nº 11/2014).

Acssuel de Sousa Lisboa, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Graduado em Geografia pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Mestrando pelo Programa de Pós-graduação em Geografia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Estuda, principalmente, os seguintes temas: Espaço rural, Agricultura familiar e Associativismo rural, além de pesquisar faz parte do associativismo rural no município de Anagé- Bahia, onde reside. Se interessa e estudou na modalidade intermediaria a LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais).

Mateus Costa Santos, Universidade Estadual do sudoeste da Bahia

Graduado em Geografia pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB, Mestrando em Geografia pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia - PPGEO/ UESB (Bolsista CAPES). Estuda, principalmente, temas relacionados ao Desenvolvimento Territorial e rural, Políticas Públicas (acesso à água) e Espaço Rural. É Técnico em Agropecuária pela Escola Família Agrícola de Caculé.

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Publicado

12-07-2019

Edição

Seção

Artigos