Educação Popular em tempos de COVID-19: ressignificação político-pedagógica na promoção do direito a saúde
DOI:
https://doi.org/10.18227/2675-3294repi.v3i1.7357Palavras-chave:
Educação Popular em Saúde (EPS), Direitos, COVID-19.Resumo
No Brasil, podemos dizer que o campo da Educação Popular em Saúde (EPS) tem se constituído a partir movimento político-pedagógico que associa práticas de formação, de participação, de gestão e de cuidado popular com a saúde, alicerçadas pela articulação entre ações de vários segmentos e movimentos sociais. Refletimos neste artigo sobre a importância de a EPS considerar os conhecimentos e práticas de saúde das camadas populares mais vulneráveis para intervir no processo de produção dos serviços de saúde, com vistas a atender as necessidades sociais e construir junto à população mais necessitada e aos agentes de saúde. Objetivamos possibilitar o entendimento de que os problemas de saúde não estão associados somente à ausência de enfermidades, mas envolvem as condições de vida (moradia, alimentação, lazer, acesso a bens e serviços, entre outros). Esse debate se justifica pela contribuição para uma compreensão mais ampla sobre o que é saúde e do que trata a promoção da saúde e a prevenção de doenças. Buscamos fundamentação por meio de autores como Paulo Freire e Victor Valla, dentre outros, apresentando reflexões acerca da importância da Educação Popular em Saúde (EPS) para a aproximação entre os agentes formais de saúde e a população, abrangendo também as dificuldades enfrentadas na recente crise desencadeada pelos efeitos da pandemia de COVID-19 e as robustas desigualdades sociais do país. Concluímos que a promoção de políticas públicas de proteção social e a preservação e fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) são imprescindíveis para que se suporte futuras demandas e possamos vir a cuidar a todos com maior equidade.
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