Fatores de risco e evolução dos marcadores hematológicos e bioquímicos de pacientes com insuficiência renal crônica em hemodiálise no estado de Roraima.
DOI:
https://doi.org/10.18227/rsd.v6i1.7604Palabras clave:
Fatores de risco, insuficiência renal crônica, prognóstico, taxa de filtração glomerular, tempo de diáliseResumen
Introdução: a doença renal crônica (DRC) define-se pela presença de modificações estruturais ou funcionais dos rins, por um período superior a três meses, cujas alterações resultam em implicações para a saúde do indivíduo. À medida que a DRC progride para insuficiência renal crônica (IRC), há o surgimento e agravamento de complicações. Assim, objetivou-se compreender o perfil e o prognóstico dos pacientes com IRC em hemodiálise em Roraima. Métodos: foram avaliados 159 prontuários de pacientes com IRC em hemodiálise entre 2017 e 2018, sendo analisadas variáveis sociodemográficas, hematológicas e bioquímicas, além de outras variáveis clínicas. Resultados: 59,74% eram homens, 94,96% pardos, 47,79% entre 40 a 60 anos, 29,55% possuíam primeiro grau completo e 42,13% renda de um salário mínimo. As principais etiologias foram hipertensão arterial (32,7%), diabetes melito (22,01%) e indeterminadas (31,44%). O tempo médio de diálise foi de 41,67 ± 25,62 meses. Ao longo do estudo, hemoglobina, creatinina e paratormônio aumentaram (p < 0,05) enquanto potássio e taxa de filtração glomerular (TFG) diminuíram (p < 0,05). Verificou-se que quanto maior o tempo de diálise, menor a TFG e maior o paratormônio (p < 0,05). Constatou-se ainda que quanto maior a TFG, menor a ureia pré, ureia pós, pressão arterial diastólica, creatinina, fósforo e paratormônio (p < 0,05). Conclusão: portanto, torna-se fundamental atenção aos grupos de risco através de medidas educativas e preventivas a fim de reduzir o desenvolvimento da DRC, assim como um acompanhamento clínico- laboratorial regular e personalizado dos pacientes em hemodiálise, visando minimizar as altas taxas de morbimortalidade.
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