Perfil Clínico-Epidemiológico de Internações por Traumatismo Cranioencefálico: Análise de Pacientes de uma Instituição Hospitalar no Extremo Norte do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.18227/rsd.v7i1.7446Palabras clave:
Traumatismo cranioencefálico; Epidemiologia; RoraimaResumen
RESUMO
Introdução: O traumatismo cranioencefálico é uma das principais etiologias da morbimortalidade por causas externas no Brasil representando um dos maiores desafios para a saúde pública e afeta mais o gênero masculino, principalmente na faixa etária ativa da população. Objetivo: Dessa forma, esse estudo busca caracterizar o perfil clínico-epidemiológico dos pacientes internados por traumatismo cranioencefálico no Hospital Geral de Roraima. Método: Trata-se de uma pesquisa transversal, retrospectivo, exploratória, documental com abordagem quantitativa, e de caráter descritivo com análise de prontuários dos pacientes internados no Hospital Geral de Roraima por traumatismo cranioencefálico, no período de janeiro de 2017 a dezembro de 2021. Foram avaliados 206 prontuários. Os dados foram coletados através de questionário englobando as características sócio-demográfica e clínica dos pacientes com o diagnóstico do TCE. Resultados: Os resultados encontrados permitiram evidenciar que a faixa etária acometida é de 13 a 54 anos. Observou-se também um predomínio do gênero masculino 84,47% (174) e da raça parda 91,75% (189) nos lesionados. As etiologias mais frequentes do TCE foram os acidentes (carro, carro- moto, carro-bicicleta e outros) 34,95% (72) seguido respectivamente de violência 21,36% (44), acidente motociclista 17,96% (37), quedas 17,96% (37), atropelamento 7,28% (15) e autoagressão 0,49% (1). Houve um predomínio de ocorrência de TCE no final de semana e segunda-feira 55,34% (114). O serviço da rede de urgência e emergência mais usado SAMU 57,28% (118). A porcentagem de óbito foi estimada a 17,96% e 53,40% (110) foram classificados com TCE leve, 19,42% (40) com um quadro moderado e 27,18% (56) grave. Conclusão: Com esse estudo, deduz-se que é importante planejar e instaurar campanhas educativas e preventivas eficientes com foco nas etiologias do TCE para diminuir a morbimortalidade. Sugere-se que novos estudos sejam realizados incluindo a faixa etária pediátrica.
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Citas
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