Utilização da Aloe vera L. na cicatrização de feridas: uma revisão de literatura
DOI:
https://doi.org/10.18227/hd.v2i2.7505Palavras-chave:
Aloe vera, cicatrização de feridas, plantas medicinaisResumo
Introdução: As plantas medicinais estão sendo utilizadas como alternativa ou complemento terapêutico, sendo a Aloe veraL. utilizada para o tratamento de vários tipos de lesões cutâneas. Métodos: Essa pesquisa se configura em uma revisão bibliográfica com seleção criteriosa de artigos a partir de estratégia de busca “PICO” sobre a eficácia de Aloe vera(babosa) na cicatrização de feridas, por intermédio das bases de dados eletrônicas: PubMed, BVS e SciELO. Os unitermos utilizados foram: Aloe vera, cicatrização de feridas e plantas medicinais. O levantamento dos dados foi realizado no período de abril e maio de 2018. Desenvolvimento: Foram identificados 43 artigos distribuídos entre os três unitermos. Após esse resultado inicial, houve seleção de seis artigos que correspondiam aos critérios pré-definidos de qualidade, como clareza das informações, metodologia adequada e relevância clínica ao estudo proposto. Evidenciou-se em três artigos que a Aloe veradiminui o tempo de cicatrização da ferida quando comparados com o grupo controle. Quanto aos outros três estudos, um mostrou redução no tempo de tratamento de ferida quando comparado com gaze seca sem agente tópico, porém a taxa de cicatrização não foi diferente quando comparada com creme sem Aloe vera; dois estudos obtiveram efeitos positivos, entretanto o resultado não evidenciou a eficácia da Aloe vera. Conclusão: Diante dos artigos selecionados, apenas três demonstraram que produtos contendo Aloe veraaceleram o processo de cicatrização, no entanto, ainda há uma carência de estudos disponíveis sobre sua eficácia para legitimar seu uso com segurança.
Downloads
Referências
Alonso, J. Tratados de fitofarmacos y nutraceuticos. Argentina, Corpus Editorial, 2007.
Bach, D.B.; Lopes, M.A. Estudo da viabilidade econômica do cultivo da babosa (Aloe vera L.). Cienc. Agratec, v. 31, 1136-1144, 2007.
Anvisa. Informe Técnico nº. 47, de 16 de novembro de 2011. Esclarecimentos sobre comercialização de Aloe vera(babosa) e suas avaliações de segurança realizadas na área de alimentos da Anvisa, 2011.
Badke, M.R.; Budó, M.D.L.D.; Alvim, N.A.T.; Zanetti, G.D.; Heisler, E.V. Saberes e práticas populares de cuidado em saúde com o uso de plantas medicinais. Texto Contexto – Enferm, v.21, 363, 2012.
Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopéia Brasileira. Brasília, Anvisa, 2011.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Relação Nacional de Medicamentos Essenciais: RENAME 2017. Brasília, Ministério da Saúde, 2017.
Carneiro, F.M.; Silva, M.J.P.D.; Borges, L.L.; Albernaz, L.C.; Costa, J.D.P. Tendências dos estudos com plantas medicinais no Brasil. Rev. Sapiência, v.3, 44-75, 2014.
Eghdampour, F; Jahdie, F; Kheyrkhah, M; Taghizadeh, M; Naghizadeh, S; Hagani, H. The impact of Aloe vera and calendula on perineal healing after episiotomy in primiparous women: a randomized clinical trial. Journal Caring Science, v. 2, 279-86, 2013.
Khorasani, G; Ahmadi, A; Hosseinimehr, S.J.; Ahmadi, A; Taheri, A; Fathi, H. The effects of Aloe vera cream on split-thickness skin graft donor site management: a randomized, blinded, placebo-controlled study. Wounds, v. 23, 44-8, 2011.
Lorenzi, H; Matos, FJA. Plantas medicinais no Brasil – Nativas e exóticas. São Paulo, Instituto Plantarum, 2008.
Molazem, Z; Mohseni, F; Younesi, M; Keshavarzi, S. Aloe vera gel and cesarean wound healing: a randomized controlled clinical trial. Global Journal of Health Science, v.7, 203-9, 2015.
Nicoletti, M.A.; Carvalho, K.C.; Oliveira, J.R.M.A.; Bertasso C.C.; Caporossi, P.Y.; Tavares, A.P.L. Uso popular de medicamentos contendo drogas de origem vegetal e/ou plantas medicinais: principais interações decorrentes. Rev. Saúde, v. 4, 25-39, 2010.
Oliveira, S. H.; Soares, M. J. G. O.; Rocha, P.S. Uso de cobertura com colágeno e Aloe vera no tratamento de ferida isquêmica: estudo de caso. Rev. Esc. Enferm. USP, v.44, 346-351, 2010.
Passadouro, R.; Sousa, A.; Santos C.; Costa H., Craveiro I. Características e prevalência da ferida crônica. Revista SPDV, v.74, 45-51, 2016.
Rahmani, N; Khademloo, M; Vosoughi, K; Assadpour, S. Effects of Aloe vera cream on chronic anal fissure pain, wound healing and hemorrhaging upon defection: a prospective double blind clinical trial. Eur Rev Med Pharmacol Sci, v. 18,1078-84, 2014.
Rodríguez-Gonzáles, V.M.; Femenia, A; Gonzáles- Laredo, R.F.; Rocha-Guzmán, N.E; Galegos-Infantes, J.A.; Candelas-Cadillo, M.G; Ramírez-Baca, P; Simal, S.; Rosselló, C. Effects of pasteurization on bioactive polysaccharide acemannan and cell wall polymers from Aloe barbadensis Miller. Carbohydrate Polymers, v.86, 1675-83, 2011.
Balchiero, J; Junior, MA; Colucci, N. O processo de cicatrização (etapas, formas de cicatrização de feridas, fatores que influenciam a cicatrização, cicatrizes patológicas). In: Blanck, M; Giannini, T. Úlceras e Feridas : Um Abordagem Interdisciplinar do Plano de Cuidados e da Reconstrução Estética. Rio de Janeiro, DiLivros, 2014.
Shahzad, M.N.; Ahmed, N. Effectiveness of Aloe vera gel compared with 1 % silver sulphadiazine cream as burn wound dressing in second degree burns. J Med Assoc Pak, v. 63, 225-30, 2013.
Thakur, R.J.N.; Pathak, R.E.; Sandhu, S.S. Practices in Wound Healing Studies of Plants. Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine, 2011.
Simões, CMO; Mentz LA.; Schenkel, EP.; Irgang, BE.; Stehmann, JR. Plantas da medicina popular no Rio Grande do Sul. Porto Alegre, UFRGS, 1988.
Vargas, N.R.C.; Ceolin, T.; Souza, A.D.Z.D.; Mendieta, M.D.C.; Ceolin, S.; Heck, R.M. Plantas medicinais utilizadas na cicatrização de feridas por agricultores da região sul do RS. Rev. Pesqui Cuid Fundam, v. 6, 550-60, 2014.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.