Análise das Variáveis Macroeconômicas e do acrônimo CAMELS sobre o retorno das ações ordinárias nas Instituições Financeiras nacionais de grande porte
DOI:
https://doi.org/10.18227/2237-8057rarr.v6i1.3236Palavras-chave:
Retorno da Ação Ordinária nas I.F’s, Determinantes do retorno das ações ordinárias, CAMELS.Resumo
O artigo tem por objetivo contribuir com as discussões sobre os fatores econômico-financeiros e macroeconômicos que impactam o retorno das ações ordinárias dos principais bancos brasileiros de grande porte: Banco do Brasil, Bradesco e Itaú-Unibanco. Para isso, construiu-se um modelo de regressão múltipla para avaliar se um conjunto de variáveis dependentes relacionadas aos fundamentos macroeconômicos e ao acrônimo CAMELS contribuíram, de forma estatisticamente significativa, como determinantes do desempenho do retorno das ações ordinárias dos bancos analisados. As variáveis independentes macroeconômicas selecionadas foram: PIB; câmbio; taxa de juros; inflação; risco país e o acrônimo CAMELS – este se refere aos índices: Capital; Assets; Management; Earnings; Liquidity e Sensitivity. Paralelamente, verificou-se o nível de correlação entre o retorno da carteira de mercado IBOVESPA com as variáveis independentes macroeconômicas selecionadas. Os resultados sugerem que a variável independente, válida e estatisticamente significativa, que contribuiu para explicar o comportamento do retorno das ações ordinárias foi o retorno da carteira de mercado IBOVESPA. Em parte, admite-se a coerência da variável validada, considerando a premissa que em cenário econômico favorável as empresas tendem a ter maior nível de atividades e investimentos e, consequentemente, a demandarem mais pelos principais direcionadores da rentabilidade bancária: produtos de crédito para capital de giro e imobilizações. Para validação da correlação positiva elevada entre o retorno da carteira de mercado IBOVESPA e o risco país, assumiu-se a premissa que o desempenho financeiro dos bancos está diretamente relacionado com a situação do cenário econômico, capturado pela avaliação do risco país, via metodologia EMBI+.Referências
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