O USO DO EBITDA COMO PROXY DO FLUXO DE CAIXA OPERACIONAL POR EMPRESAS BRASILEIRAS
DOI:
https://doi.org/10.18227/2237-8057rarr.v6i1.3165Palabras clave:
Fluxo de Caixa Operacional. EBITDA. IBrX100.Resumen
O objetivo do presente estudo é analisar se existe diferença entre o Fluxo de Caixa Operacional (FCO) e o EBITDA entre empresas do mesmo setor, nos diversos setores da economia. Para a realização do estudo, foram analisados os dados das empresas pertencentes ao índice IBrX100 da BM&FBOVESPA, durante o período compreendido entre 2010 e 2014. Trata-se de um estudo descritivo, de natureza quantitativa, desenvolvido com a utilização de estatística descritiva através do uso do software Stata. O EBITDA é um importante indicador usado por gestores e investidores no seu processo decisório. Considerada como uma informação não regulada (non-gaap information), é adotada pelos seus usuários como uma proxy do Fluxo de Caixa Operacional (FCO) da empresa. Se a diferença entre o FCO e o EBITDA for significativa, pode invalidar a adoção do EBITDA como proxy do FCO. Como principais resultados obteve-se que alguns setores da economia apresentaram grandes diferenças entre o EBITDA e o FCO, outros setores apresentaram diferenças menores. Ainda não existe um consenso sobre o uso do EBITDA como uma proxy do Fluxo de Caixa Operacional, o que reforça os resultados de estudos anteriores. Conclui-se que o EBITDA não pode ser usado como proxy do Fluxo de Caixa Operacional em alguns setores da economia.Citas
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