CARTOGRAFIA DO RELEVO E OS REGISTROS DA AÇÃO ANTRÓPICA NA SUB-BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO MACAMBIRA NO ESTADO DO CEARÁ, BRASIL
Palavras-chave:
taxonimia; ibiapaba;, relevoResumo
O presente trabalho possui como objetivo mapear o relevo da sub-bacia hidrográfica do rio Macambira, localizada no estado do Ceará, Brasil, ocupando uma área de 3371,52 km², situada no Planalto Sedimentar da Ibiapaba. O estudo tem como base teórica e metodológica a classificação taxonômica de Ross (1992), a qual foi proposta para ambientes úmidos. Desta forma, adicionamos as propostas de Guimaraes et. al. (2017) e a classificação da CPRM, (2014), em função da área de estudo está submetida a clima de ambiente seco. Com relação aos resultados obtidos a classificação taxonômica do relevo apresentou no primeiro táxon: a Bacia Sedimentar do Parnaíba; segundo táxon: Planalto Sedimentar da Ibiapaba; terceiro táxon: as unidades morfológicas e padrões de formas semelhantes: reverso imediato, reverso do caimento topográfico suave e os padrões de acumulação (A), entre outros; o quarto táxon em níveis mais detalhados, os tipos de formas tabulares de topos planos (T-ap), colinas amplas e suaves (C-am, C-s), e colinas dissecadas (C-d), e o quinto nível taxonômico correspondendo aos tipos de vertentes (retilíneas, côncavas e convexas). Com relação ao sexto táxon, foram identificados registros antrópicos diversos. Diante disso, o mapeamento geomorfológico mostrou-se eficiente na área de estudo, atingindo os objetivos propostos, bem como servindo como base para novas pesquisas.
Referências
BRASIL, Ministério e Minas e Energia - Secretaria de geologia, mineração e transformação mineral CPRM - serviço geológico do Brasil. Geodiversidade do estado de Mato grosso do sul. Angela Maria de Godoy Theodorovicz e Antonio Theodorovicz (Organizadores). São Paulo: CPRM, 2010. 179 p.
COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO DOS VALES DO SÃO FRANCISCO E DO PARNAÍBA (CODEVASF). Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba (PLANAP): Atlas da Bacia do Parnaíba. Brasília, DF: TDA Desenho & Arte Ltda., 2006.
CLAUDINO-SALES, V. Lima, E.C. ; DINIZ, S. F. ; CUNHA, F. S. E. S. . Megageomorfologia do Planalto da Ibiapaba: uma introducao. William Morris Davis Revista de Geomorfologia, v. 1, p. 186-209, 2020.
FALCAO SOBRINHO, J. Relevo e Paisagem: proposta metodológica. Sobral: Sobral Gráfica, 2007.
FLORENZANO, T, G, Cartografia In; FLORENZANO, T, G. (org.). Geomorfologia: conceitos e tecnologias atuais. São Paulo: Oficina de Textos, 2008, p. 105-128.
MENDES, L. C.; FELIPPE, M. F. . A Geomorfologia do Tecnógeno e suas elações com o rompimento da barragem Fundão (Mariana, Minas Gerais). Revista de Geografia, v. 6, p. 353-362, 2016.
MOURA-FÉ, M. M. Evolução Geomorfológica da Ibiapaba setentrional, Ceará: Gênese, Modelagem e Conservação. Tese de Doutorado (PPGG –UFC), Fortaleza-CE, 2015. 307 p.
MOURA-FÉ, M. M. Análise das unidades geomorfológicas da Ibiapaba setentrional (noroeste do estado do Ceará, Brasil). Caminhos de Geografia, v. 18, n. 63, p. 240-266, 2017b.
NASCIMENTO, D. T. F., Romão, P. A., Sales, M. M., Vargas, C. A. L., Amaral, C. S., 2016. Mapeamento da Suscetibilidade e potencialidade a processos erosivos laminares e lineares ao Longo do duto das obras da Petrobras.
PELOGGIA, A. U. G. OLIVEIRA, A. M. S. Tecnógeno: um novo campo de estudos das Geociências. In: Congresso da Associação Brasileira de Estudos do Quaternário, 10. , 2005, Guarapari. Anais... Guarapari: Associação Brasileira de Estudos do Quaternário, 2005.
ROSS, J. L. S. Geomorfologia: ambiente e planejamento. São Paulo: Contexto, 1990. 88p.
ROSS, J. L. S. O registro cartográfico dos fatos geomórficos e a questão da taxonomia do relevo. Revista do Departamento de Geografia, n. 6. FFLCH-USP, 1992, p. 17-29.
ROSS, J. L. S. Suporte da Geomorfologia Aplicada: os táxons e a cartografia do relevo. Departamento de Geografia da Universidade Federal de São Paulo – USP. São Paulo, 1994.
SANTOS, C. A.; SOBREIRA, F. G. Análise da Fragilidade e Vulnerabilidade natural dos terrenos aos processos erosivos como base para o ordenamento territorial: o caso das bacias do córrego carioca, córrego do bação e ribeirão carioca na região do alto Rio das Velhas-MG. Revista Brasileira de Geomorfologia, v.9, n.1, p. 65-73, 2008.
SANTOS, F.L.A. Bases Geográficas ao Zoneamento Ecológico-Econômico do Planalto da Ibiapaba: Municípios de Tianguá e Ubajara- Noroeste do Ceará. 2015. 218 f. Dissertação (Mestrado Acadêmico ou Profissional em XX) – Universidade Estadual do Ceará, 2015.
SANTOS, E.; SANTOS, K. Geomorfologia e Inundações Urbanas: O Caso da Bacia Hidrográfica do Córrego Cesários em Anápolis (go). Revista Geonorte, [S. l.], v. 5, n. 20, p. 315–318, 2014. Disponível em: //www.periodicos.ufam.edu.br/index.php/revista-geonorte/article/view/1568. Acesso em: 29 dez. 2021.
SIMON, A. L. H. (Org.) ; LUPINACCI, CENIRA MARIA (Org.) . A cartografia geomorfológica como instrumento para o planejamento. 1. ed. Pelotas: UFPEL, 2019. v. 1. 172p.
SOUZA. M. J. N; Bases Naturais e Esboço do Zoneamento Geoambiental do Estado do Ceará. In: SOUZA, MORAES, J. O. LIMA, L.C. Compartimentação territorial e gestão regional do Ceará, Parte I. Fortaleza: FUNCEME, 2000. 28-31p.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 REVISTA GEOGRÁFICA ACADÊMICA
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
A RGA é detentora dos direitos autorais publicados, não sendo permitido que o mesmo conteúdo seja publicado em demais periódicos.
