IMPACTOS DAS MUDANÇAS DE USO DA TERRA E DOS EVENTOS CLIMÁTICOS EXTREMOS EM SISTEMAS HIDROLÓGICOS DA AMAZÔNIA ORIENTAL - BACIA DO RIO CAPIM (PA-MA)

Autores

  • Dênis Cardoso Gomes Universidade Federal do Pará
  • Aline Maria Meiguins de Lima Universidade Federal do Pará
  • João de Athaydes Silva Junior Universidade Federal do Pará
  • Edivaldo Afonso de Oliveira Serrão Universidade Federal de Campina Grande- Programa de Pos-Graduação em Meteorologia-PPGMET.

Palavras-chave:

La Niña e El Niño, Sustentabilidade hidríca, Vulnerabilidade

Resumo

A bacia do rio Capim (NE do estado Pará) compõe a região de maior produção econômica do estado; sua relevância justificou a necessidade do estudo de seu comportamento hidrológico considerando a variabilidade climática (eventos de La Niña e El Niño) e a influência das formas de uso e cobertura da terra (LULC – land use and land cover). Foram adotados os dados oriundos do GPCC (Global Precipitation Climatology Centre) e de precipitação pluviométrica, distribuição das vazões e cotas da ANA (Agência Nacional das Águas). Os dados de LULC foram obtidos do projeto TerraClass 2014 (INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Para análise de eventos extremos foi adotado o seguinte critério: La Niña (2011), El Niño (2015) e a série histórica como. Os resultados obtidos indicaram: maior sensibilidade aos efeitos de La Niña; as sub-bacias mais afetadas localizam-se nas cabeceiras (Alto Capim, Ararandeua, Cauaxi e Surubijú); Agosto, Setembro e Outubro - trimestre menos chuvoso; Fevereiro, Março e Abril - trimestre mais chuvoso; máximo e mínimo de precipitação (média mensal) – 448,7 mm e 7,1 mm; vazões máximas e mínimas (média mensal) – acima de 850 m³/s e abaixo de 300 m³/s; a distribuição pluviométrica varia de sudeste (menores índices - maior alteração na paisagem associada as formas de LULC) para o noroeste (maiores índices); o melhor estado de conservação está no Alto Capim e no Médio-baixo curso do rio Surubijú. Logo, as sub-bacias de cabeceira apresentaram uma maior vulnerabilidade (cerca de 9000 km² de área alterada - 24% do total da área da bacia), com uma correlação positiva com a variabilidade da precipitação pluviométrica e do regime de vazões.

Biografia do Autor

Dênis Cardoso Gomes, Universidade Federal do Pará

Cursou Engenharia Ambiental na Estácio - IESAM (2013 - 2014). Graduando do 6º semestre de Meteorologia na Universidade Federal do Pará (UFPA). Tem experiência na área da Geociência com ênfase em Hidrometeorologia relacionada a Modelagem Hidroambiental. Foi bolsista PIBIC/UFPA analisando o comportamento hidrológico segundo uso e cobertura da terra na bacia do rio Capim. Atualmente é monitor no Laboratório de Estudos de Modelagem Hidroambientais.

Aline Maria Meiguins de Lima, Universidade Federal do Pará

Graduação em Geologia pela Universidade Federal do Pará (1998), especialização em Gestão Normativa de Recursos Hídricos pela Universidade Federal da Paraíba (2007), mestrado em Geotecnia pela Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (2000) e doutorado em Desenvolvimento Socioambiental pelo Núcleo de Altos Estudos Amazônicos da Universidade Federal do Pará (2007), com ênfase em análise espacial de bacias hidrográficas. Atualmente é Professora da Universidade Federal do Pará. Tendo atuado como professora da Universidade do Estado do Pará e do Centro Universitário do Pará; e como técnica em recursos hídricos e Coordenadora de Informação e Planejamento Hídrico na Secretaria de Estado de Meio Ambiente. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geologia Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: recursos hídricos, geomorfologia ambiental, gestão ambiental, sistema de informações geográficas e geotecnia.

João de Athaydes Silva Junior, Universidade Federal do Pará

Possui graduação em Meteorologia pela Universidade Federal do Pará (2005), mestrado em Meteorologia pela Universidade Federal de Campina Grande (2008) e doutorado em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido pela Universidade Federal do Pará (2012). Atualmente é professor do magistério superior da Universidade Federal do Pará, do Programa de pós Graduação em Gestão de Riscos e Desastres Naturais e do Programa de pós-graduação em Rede Nacional para Ensino das Ciências Ambientais. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Meteorologia Aplicada, atuando principalmente nos seguintes temas: manguezal, meteorologia, floresta amazônica, climatologia e caxiuanã.

Edivaldo Afonso de Oliveira Serrão, Universidade Federal de Campina Grande- Programa de Pos-Graduação em Meteorologia-PPGMET.

Doutorando em Meteorologia pela Universidade Federal de Campina Grande - UFCG. Mestre em Meteorologia pela Universidade Federal de Campina Grande - UFCG. Bacharel em Meteorologia pela Universidade Federal do Pará - UFPA. Atua nas linhas de pesquisa de Geoprocessamento e sensoriamento remoto aplicado a modelagem hidrológica, Meteorologia e Climatologia Aplicada aos Trópicos. Estando inserido nos grupos de pesquisa de Estudos e Modelagem Hidroambientais da Universidade Federal do Pará - UFPA, grupo de pesquisa de Meteorologia e Climatologia aplicada aos Trópicos, e grupo de pesquisa de Geotecnologias e modelagem de risco ambiental, onde desenvolve pesquisa utilizando Modelagem Hidrológica e Sensoriamento Remoto da Atmosfera na Universidade Federal de Campina Grande.

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Publicado

11-12-2018

Edição

Seção

Artigos