IMPACTOS DAS MUDANÇAS DE USO DA TERRA E DOS EVENTOS CLIMÁTICOS EXTREMOS EM SISTEMAS HIDROLÓGICOS DA AMAZÔNIA ORIENTAL - BACIA DO RIO CAPIM (PA-MA)
Palavras-chave:
La Niña e El Niño, Sustentabilidade hidríca, VulnerabilidadeResumo
A bacia do rio Capim (NE do estado Pará) compõe a região de maior produção econômica do estado; sua relevância justificou a necessidade do estudo de seu comportamento hidrológico considerando a variabilidade climática (eventos de La Niña e El Niño) e a influência das formas de uso e cobertura da terra (LULC – land use and land cover). Foram adotados os dados oriundos do GPCC (Global Precipitation Climatology Centre) e de precipitação pluviométrica, distribuição das vazões e cotas da ANA (Agência Nacional das Águas). Os dados de LULC foram obtidos do projeto TerraClass 2014 (INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Para análise de eventos extremos foi adotado o seguinte critério: La Niña (2011), El Niño (2015) e a série histórica como. Os resultados obtidos indicaram: maior sensibilidade aos efeitos de La Niña; as sub-bacias mais afetadas localizam-se nas cabeceiras (Alto Capim, Ararandeua, Cauaxi e Surubijú); Agosto, Setembro e Outubro - trimestre menos chuvoso; Fevereiro, Março e Abril - trimestre mais chuvoso; máximo e mínimo de precipitação (média mensal) – 448,7 mm e 7,1 mm; vazões máximas e mínimas (média mensal) – acima de 850 m³/s e abaixo de 300 m³/s; a distribuição pluviométrica varia de sudeste (menores índices - maior alteração na paisagem associada as formas de LULC) para o noroeste (maiores índices); o melhor estado de conservação está no Alto Capim e no Médio-baixo curso do rio Surubijú. Logo, as sub-bacias de cabeceira apresentaram uma maior vulnerabilidade (cerca de 9000 km² de área alterada - 24% do total da área da bacia), com uma correlação positiva com a variabilidade da precipitação pluviométrica e do regime de vazões.