Síndrome da sela parcialmente vazia associada a deficiência do eixo gonadotrófico: relato de caso

Autores

  • Tales C. H. Saade Curso de Medicina, Universidade Federal de Roraima, Boa Vista, Roraima, Brasil.
  • Letícia L.G. Da Silva Curso de Medicina, Universidade Federal de Roraima, Boa Vista, Roraima, Brasil.
  • Raimundo C. De Sousa Curso de Medicina, Universidade Federal de Roraima, Boa Vista, Roraima, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.18227/hd.v2i2.7511

Palavras-chave:

Sela vazia, hipogonadismo, hipopituitarismo

Resumo

A sela túrcica vazia é um diagnóstico realizado através do exame de Ressonância Magnética que a define como parcial quando menos de 50% da sela é preenchida com líquido cefalorraquidiano (LCR) e a glândula pituitária tem espessura ≥ 3 mm ou total quando mais do que 50% da sela é preenchida com LCR e a espessura da glândula tem ≤ 2 mm de diâmetro. Associada a essa condição, com prevalência de 8 a 35% na população geral, uma alta incidência de disfunção pituitária foi documentada. O presente trabalho tem como objetivo relatar o caso de um paciente masculino com hipogonadismo hipogonadotrófico associado à Sela parcialmente vazia. Proveniente do hospital Coronel Mota, Boa Vista/RR, em acompanhamento no ambulatório de Endocrinologia para controle de diabetes e seguimento de nódulos da tireoide, o paciente queixa-se de redução da libido e disfunção erétil. A Ressonância Magnética solicitada após identificados os baixos níveis hormonais nos exames laboratoriais, confirmando a suspeita clínica de hipogonadismo, evidenciou hipófise com altura de até 0,3 cm, caracterizando uma sela túrcica parcialmente vazia. Foi optado, então, pelo tratamento do paciente com reposição de testosterona. Conclusão: Apesar do diagnóstico dessa síndrome ser evidenciado incidentalmente na maioria das vezes, a associação com distúrbios hormonais torna necessário o rastreio rotineiro dessas alterações nos portadores assintomáticos para que o tratamento seja precoce, evitando-se complicações a curto e longo prazo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Aruna, P; Sowjanya, B; Reddy, PA; Krishnamma, M; Naidu, JN. Partial Empty Sella Syndrome: A Case Report and Review. Indian Journal of Clinical Biochemistry, v. 29, n. 2, p. 253-256, 2014.

Bhasin, S; Cunningham, GR; Hayes, FJ; Matsumoto, AM; Snyder, PJ; Swerdloff, RS; Montori, VM. Testosterone Therapy in Men with Androgen Deficiency Syndromes: An Endocrine Society Clinical Practice Guideline. The Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism, v. 95, p. 2536–2559, 2010.

Chiloiro, S; Giampietro, A; Bianchi, A; Tartaglione, T; Capobianco, A; Anile, C; de Marinis, L. DIAGNOSIS OF ENDOCRINE DISEASE: Primary empty sella: a comprehensive review. European Journal of Endocrinology, v.1, p. 275-285, 2017.

De Marinis, L; Bonadonna, S; Bianchi, A; Maira, G; Giustina, A. Primary Empty Sella. The Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism, v. 90, p. 5471–5477, 2005.

Drummond, JB; Martins, JCT; Soares, MMS; Dias, EP. Alterações da Haste Hipofisária e Suas Implicações Clínicas. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia, v. 47, p. 458-466, 2003.

Fleseriu, M; Hashim, IA; Karavitaki, N; Melmed, S; Murad, MH; Salvatori, R; Samuel, MH. Hormonal Replacement in Hypopituitarism in Adults: An Endocrine Society Clinical Practice Guideline. The Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism, v. 101, p. 3888–3921, 2016.

Fraietta, R; Zylberstejn, DS; Esteves, SC. Hypogonadotropic Hypogonadism Revisited. Clinics, v. 68, p. 81–88, 2013.

Ghatnatti, V; Sarma, D; Saikia, U. Empty sella syndrome – beyond being an incidental finding. Indian Journal of Endocrinology and Metabolism, v. 16, n. 2, S321-S323, 2012.

Junior, NA; Bertero, EB; Fregonesi, A; Nardi, AC; da Ros, CT; Rhoden, EL; Lorenzini, F; Facio, FN; de Faria, GE; Aita, GA; Torres, LO; Glina, S. Recomendações em Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino. São Paulo, Sociedade Brasileira de Urologia, 2017.

Rani, PR; Maheshwari, R; Reddy, TSK; Prasad, NR; Reddy, PA. Study of prevalence of endocrine abnormalities in primary empty sella. Indian Journal of Endocrinology and Metabolism, v. 17, p. 125-126, 2013.

Vilar, L; Kater, CE; Naves, LA; Freitas, MC; Fleseriu, M. Endocrinologia Clínica, Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2016.

Zuhur, SS; Kuzu, I; Ozturk, FY; Uysal, E; Altuntas, Y. Anterior Pituitary Hormone Deficiency in Subjects with Total and Partial Primary Empty Sella: Do All Cases Need Endocrinological Evaluation. Turkish Neurosurgery, v. 24, p. 374-379, 2014.

Downloads

Publicado

06/12/2018

Como Citar

Saade , T. C. H. ., Silva, L. L. D. . ., & Sousa, R. C. D. . (2018). Síndrome da sela parcialmente vazia associada a deficiência do eixo gonadotrófico: relato de caso. Revista Saúde & Diversidade, 2(2), 72–75. https://doi.org/10.18227/hd.v2i2.7511

Edição

Seção

Artigos