Sífilis: um grave problema de saúde pública no estado de Roraima

Autores

  • Luize L. Salazar Curso de Medicina, Universidade Federal de Roraima, Boa Vista, Roraima, Brasil.
  • Bruna O. Araújo Curso de Medicina, Universidade Federal de Roraima, Boa Vista, Roraima, Brasil.
  • Raiane D. Souza Curso de Medicina, Universidade Federal de Roraima, Boa Vista, Roraima, Brasil.
  • Lígia M. Oliveira Centro de Saúde 31 de Março, Boa Vista, Roraima, Brasil.
  • Aparecida D. S. Araújo Hospital da Criança Santo Antônio, Boa Vista, Roraima, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.18227/hd.v2i1.7499

Palavras-chave:

T. pallidum, sífilis, epidemiologia, controle, tratamento

Resumo

Introdução: A sífilis é uma infecção causada pela bactéria espiralada da espécie Treponema pallidum, sendo transmitida principalmente pelo contato sexual e de forma congênita. Ela pode evoluir em quatro estágios, cada um com seus sinais e sintomas principais: sífilis primária, secundária, latente e terciária. Essa doença está incluída na lista de doenças de notificação compulsória do Ministério da Saúde devido a sua importância como agravo de saúde pública mundial e nacional. Segundo a Organização Mundial da Saúde – OMS, cerca de 11 milhões de novos casos da doença ocorrem anualmente em todo mundo entre pessoas de 15 a 49 anos. Objetivo: Analisar os fatores relacionados ao aumento da incidência de sífilis em Roraima (RR) e as principais características epidemiológicas desse agravo a partir da análise de dados colhidos na Secretaria do Estado de Saúde - SESAU. Métodos: Coleta de dados Epidemiológicos na Secretaria de Saúde do Estado de RR no Núcleo de Controle de Agravos HIV/ DST e pesquisa em base de dados Scielo e PubMed. Resultados: No período entre 2013 e 2017 foi constatado um aumento do número de casos notificados de sífilis no estado de Roraima com predomínio de casos entre mulheres, pardos e no grupo de jovens entre 20 e 29 anos. Conclusão: Com este estudo foi possível identificar que o aumento dos casos de sífilis se deve a diversos fatores relacionados como o crescimento do fluxo migratório pelo estado, descoberta precoce da sexualidade entre os jovens e atividade sexual sem uso de medidas de proteção.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ANGIOLLETI, JK. Interseções jurídicas da mobilidade humana dos venezuelanos ao Brasil: entre o refúgio e a proteção complementar. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Jurídicas, Curso de Direito; 2017.

AVELLEIRA, J C R; BOTTINO, G. Sífilis: diagnóstico, tratamento e controle. An Bras Dermatol. V. 81, n.2,p. 111-126, 2006.

BENZAKEN, A S; Detecção de sífilis Adquirida em Comunidade de difícil acesso da região Amazônica: desafio a ser superado com a utilização dos testes rápidos. Manaus : Fiocruz/Escola Nacional de Saúde Pública, 2009.

BRASIL, Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento científicos de adolescência e infectologia. Infecções sexualmente transmissíveis na adolescência. n.º 6, p. 1-5, Janeiro 2018.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretária de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST; Departamento do HIV/Aids e das Hepatites Virais. Boletim epidemiológico Sífilis 2017. v. 48, n. 36. Brasília: Ministério da Saúde, 2017. p. 5-6.

CARVALHO, I S; BRITO, R S. Sífilis congênita no Rio Grande do Norte: estudo descritivo do período 2007-2010. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília , v. 23, n. 2, p. 287-294, June 2014 .

CARVALHO, PMRS; GUIMARÃES, RA; MORAES, PA; TELES, AS; MATOS, MA. Prevalência de sinais e sintomas e conhecimento sobre doenças sexualmente transmissíveis. Acta Paul Enferm, v. 28, n.1, p.96, 2015.

CAVALCANTE, A E S; SILVA, M A M; RODRIGUES, A R M; NETTO, J J M N; MOREIRA, A C A; GOYANNA, N F. Diagnóstico e Tratamento da Sífilis: Uma Investigação com Mulheres Assistidas na Atenção Básica em Sobral, Ceará. DST- Jornal brasileiro Doenças Sexualmente transmissíveis. v. 24, n. 4, p. 239-245, 2012.

LUNA, EJA. A emergência das doenças emergentes e as doenças infecciosas emergentes e reemergentes no Brasil. Revista Brasileira de Epidemiologia. V. 5, n. 2, p. 234, 2002.

MACHADO, BL; TERRA, MR; A sífilis na gestação: uma problemática atual. V. 37, p.2, 2017.

MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais. Subsecretaria de Vigilância e Proteção à Saúde; Superintendência de Vigilância Epidemiológica, Ambiental e Saúde do Trabalhador; Diretoria de Vigilância Epidemiológica; Coordenação IST/AIDS e Hepatites Virais. Análise Epidemiológica de Sífilis Panorama do ano de 2016. V. 2, p. 17, 2017.

NETO, SR. Estudo da prevalência de Treponema pallidum na população de dadores de sangue do CSTP-IPST (2010- 2014). Portugal: Escola superior de tecnologia da saúde do Porto, curso de análises clínicas e saúde pública; 2015.

OLIVEIRA, T M F; ANDRADE, S S C; MATOS, S D O; OLIVEIRA, S H S. Comportamento de risco e autopercepção de vulnerabilidade às IST e AIDS entre mulheres. Revista de enfermagem UFPE online. v. 10, n. 1, p.137-142, jan 2016.

PINTO, V M; TANCREDI, M V; ALENCAR, H D R; CARMOLESI, E; HOLCMAN, M M; GRECCO J P; GRANGEIRO, A; GRECCO, E T O. Artigo original. Prevalência de Sífilis e fatores associados a população em situação de rua de São Paulo, Brasil, com utilização de Teste Rápido. Rev Bras Epidemiol, p.341-354, abr-jun 2014.

READ, P. J; DONAVAN, B. Clinical aspects of adult syphilis. Internal Medicine Journal. V. 42, p.614-620, April 2012.im

SILVA, J F. Sífilis congênita em Roraima: um estudo descritivo do período de 2007 a 2015. Boa Vista: Universidade Federal de Roraima, Centro de Ciências da Saúde, Curso de Medicina, 2016.

Sistema IBGE de Recuperação Automática – SIDRA. https://sidra.ibge.gov.br/tabela/136#resultado. Acesso: 14/02/2018.

STAMM, LV; Syphilis: Re-emergence of na old foe. Microbial Cell. v. 3, n. 9, p. 363-366, jun. 2016.

VERONESI, R. Tratado de Infectologia. Atheneu, 2015.

Downloads

Publicado

27/04/2018

Como Citar

Salazar, L. L. ., Araújo , B. O. ., Souza, R. D. ., Oliveira, L. M. . ., & Araújo, A. D. S. . (2018). Sífilis: um grave problema de saúde pública no estado de Roraima. Revista Saúde & Diversidade, 2(1), 12–16. https://doi.org/10.18227/hd.v2i1.7499

Edição

Seção

Artigos