Caracterização epidemiológica da malária em Roraima no período de 2006 a 2016

Autores

  • João M. A. de Oliveira Claretiano Centro Universitário, Boa Vista, Brasil.
  • Layele M. D. de Oliveira Laboratório Central de Saúde Pública de Roraima, Boa Vista, Brasil.
  • Deborah C. da C. Monteiro Laboratório Central de Saúde Pública de Roraima, Boa Vista, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.18227/hd.v1i2.7477

Palavras-chave:

Malária, Plasmodium, parasitoses, doença

Resumo

Introdução: A malária é uma das parasitoses humanas mais conhecidas e antiga. É considerada uma doença infecciosa com manifestações episódicas de caráter agudo. Seu vetor são fêmeas do gênero Anopheles. Tem como agentes etiológicos protozoários pertencentes à família Plasmodiidae, do gênero Plasmodium e das mais diversas espécies apenas P. vivax, P. falciparum, P. malariae e P. ovale são responsáveis por essa patologia. A malária é uma endemia na Amazônia Brasileira, se distribui entre os Estados do Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão. Objetivo: Pretendeu-se com este trabalho, descrever a epidemiologia da malária nos últimos 10 anos. Métodos: Para o desenvolvimento desta pesquisa foram coletados dados do Sistema Informatizado de Malária e Sistema de Informações de Vigilância Epidemiológica-Malária, compreendendo os anos de 2006 a 2016. Com base nos relatórios foram analisados dados a respeito da quantidade de casos positivos neste período, distribuição dos casos por espécime de Plasmodium e valores do Índice Parasitário Anual (IPA). Esses dados foram expressos e distribuídos a fim de entendermos o curso epidemiológico da malária ao longo dos 10 anos observados. Resultados: Neste período, foram registrados 138.644 casos de malária em todo o Estado de Roraima, 83,36% foram confirmados para P. vivax, 15,52% para P. falciparum e 1,12% dos casos foram de malária mista. Conclusão: Percebe-se a necessidade de estudos relacionados ao perfil epidemiológico da malária no Estado de Roraima.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BRASIL. Manual de diagnóstico laboratorial da malária. Brasília: Ministério da Saúde: 116 p. 2009.

CIMERMAN, B.; CIMERMAN, S. Parasitologia Humana e seus fundamentos gerais. 2. São Paulo: Atheneu, 2002.

CONSOLI, R. A. G. B.; OLIVEIRA, R. L. Principais mosquitos de importância sanitária no Brasil. Rio deJaneiro: Fiocruz, 1998. Coordenação de Vigilância em Saúde de Roraima. Controle de Malária.

DE BARROS, F. S. M.; HONORIO, N. A.; ARRUDA, M. E. Survivorship of Anopheles darlingi (Diptera: Culicidae) in Relation with Malaria Incidence in the Brazilian Amazon. Plos One, v. 6, n. 8, Aug 8 2011.

JACKSON, M. C.; JOHANSEN, L.; FURLONG, C.; COLSON, A.; SELLERS, K. F. Modelling the effect of climate change on prevalence of malaria in western Africa. Statistica Neerlandica,v. 64, n. 4, p. 388-400, Nov 2010.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, Situação Demográfica. Resumo Nacional, 1920-70.

MACHADO, R. L. D.; COUTO, A. A. R. A.; CAVASINI, C. E.; CALVOSA, V. S. P. Malária em região extra-Amazônica: situação no Estado de Santa Catarina. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 36, n. 5, p. 581-586, 2003.

HERMES; M. N. C. S. NUNES, B. L. V. DORVAL; C. L. M. BRILHANTE; F. A. ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA MALÁRIA HUMANA NO MUNICÍPIO DE ARIPUANÃ, ESTADO DE MATO GROSSO, BRASIL, 2005 A 2010. Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde. Disponível em: < www.seer.ufu.br/index.php/hygeia/article/download/22717/13621>. Acesso em: 19 mai. 2017.

SANTELLI, A. C. F. e S. et al Plano de eliminação de malária no Brasil Fase 1 Malária falciparum. 2016. Disponível em: < http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/janeiro/04/Plano-eliminacao -malaria-pub.pdf>. Acesso em: 19 abr. 2017.

NEVES, D. P. Parasitologia Humana. 13 ed. Coleção Biblioteca biomédica. São Paulo: Atheneu, 2016.

PARHAM, P. E.; MICHAEL, E. Modeling the Effects of Weather and Climate Change on Malaria Transmission. EnvironmentalHealth Perspectives, v. 118, n. 5, p. 620- 626, May 2010.

REY, L. Bases da Parasitologia Médica. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.

JOSELI OLIVEIRA-FERREIRA; MARCUS VG LACERDA; PATRÍCIA BRASIL; JOSÉ LB LADISLAU; PEDRO L TAUIL; CLÁUDIO TADEU DANIELRIBEIRO. Malaria in Brazil: an overview. BiomedCentral. 2010. Disponível em: < https://malariajournal.biomedcentral.com/articles/10.1186/1475-2875-9-115>. Acesso em: 17 mai. 2017.

PATZ, J. A.; CAMPBELL-LENDRUM, D.; HOLLOWAY, T.; FOLEY, J. A. Impact of regional climate change on human health. Nature. 2005.

REINERS, A.A.O.; AZEVEDO, R.C.S.; RICCI, H.A.; SOUZA, T.G. Adesão e reação de usuários ao tratamento da malária: implicações para a educação em saúde. Texto & Contexto Enferm. 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/tce/v19n3/a16v19n3.pdf>. Acesso em: 19 mai. 2017.

SANTELLI, A. C. F. e S. et al Plano de eliminação de malária no Brasil Fase 1 Malária falciparum. 2016. Disponível em: < http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/janeiro/04/Plano-eliminacao -malaria-pub.pdf>. Acesso em: 19 abr. 2017.

WHO. World Malaria Report 2016. Disponível em: <http://www.who.int/malaria/publications/world-malariareport-2016/report/en/> Acesso em: 20 jun. 2017.

STEFANI, A.; DUSFOUR, I.; CRUZ, M. C. B.; DESSAY, N.; GALARDO, A. K. R.; GALARDO, C. D.; GIROD, R.; GOMES, M. S. M.; GURGEL, H.; LIMA, A. C. F.; MORENO, E. S.; MUSSET, L.; NACHER, M.; SOARES, A. C. S.; CARME, B.; ROUX, E. Land cover, land use and malaria in the Amazon: a systematic literature review of studies using remotely sensed data. Malaria journal, v. 12, Jun 8 2013.

TAIUL, P.L. Ministério da Saúde. 8 Malária no Brasil: Epidemiologia e controle. Brasília - DF p. 5, 2009. Disponível em: <http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/arquivos/saudebrasil2009_parte2_cap8.pdf>. Acesso em 15 dez. 2013.

VERONESI, R.; FOCACCIA, R. Tratado de infectologia. São Paulo: Atheneu, 1996.

Downloads

Publicado

04/12/2017

Como Citar

M. A. de Oliveira, J., M. D. de Oliveira , L., & C. da C. Monteiro , D. (2017). Caracterização epidemiológica da malária em Roraima no período de 2006 a 2016. Revista Saúde & Diversidade, 1(2), 104–108. https://doi.org/10.18227/hd.v1i2.7477

Edição

Seção

Artigos