Análise etnobotânica de plantas tóxicas utilizadas na ornamentação urbana

Autores

  • Aniele F. A. Pimenta Universidade Paulista – UNIP, Faculdade de Farmácia, Instituto de Ciências da Saúde, São José do Rio Pardo, São Paulo, Brasil.
  • Mateus A. Baldo Universidade Paulista – UNIP, Faculdade de Farmácia, Instituto de Ciências da Saúde, São José do Rio Pardo, São Paulo, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.18227/hd.v1i1.7452

Palavras-chave:

Plantas tóxicas, ornamentação, cidades, intoxicação

Resumo

Introdução: As plantas são muito utilizadas em ornamentações devido à sua beleza característica, no entanto, existe uma diversidade muito grande de espécies na flora brasileira que produzem diversos metabólitos com potencial tóxico. Os vegetais são utilizados meramente por sua aparência física, sem que haja qualquer tipo de preocupação com a sua fisiologia, bioquímica, farmacologia e toxicologia. Um ponto muito comum nas cidades é a utilização de plantas que produzem metabólitos que causam problemas à saúde e podem levar até a morte de pessoas e animais. Elas são plantadas na frente das casas, jardins, praças, alpendres ou terraços, entre outros locais públicos de fácil acesso. Denominadas plantas tóxicas, esses vegetais podem até mesmo se tornar um problema de saúde pública devido ao mau uso e ao desconhecimento por parte da população. Objetivo: Esse trabalho teve como objetivo alertar sobre o perigo do uso de plantas tóxicas usadas para ornamentação, plantadas em locais públicos de fácil acesso e até mesmo dentro de residências. Métodos: Foi realizada uma pesquisa de campo na área central do município de Casa Branca – SP (latitude 21º46'26" sul e a uma longitude 47º05'11" oeste - altitude de 684 metros), na qual as plantas tóxicas foram fotografadas e posteriormente foi feita a identificação botânica baseada em análises de herbários virtuais. Resultados: Este trabalho apresentou diversas plantas tóxicas encontradas no centro da cidade de Casa Branca, cidade do interior do estado de São Paulo, descrevendo os metabólitos tóxicos, sintomas e características das espécies na tentativa de informar o público em geral do perigo dessas plantas. Conclusão: Conclui-se que é de extrema importância o conhecimento das plantas ornamentais tóxicas, pois somente com o alerta sobre a população as intoxicações poderão ser evitadas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Amador, J.C., Thomson, Z., Guilherme, C.E.D.S., Rocha, S.F., 2000. Perfil das intoxicações agudas exógenas infantis na cidade de Maringá (PR) e região, sugestões de como se pode enfrentar o problema. Pediatria (São Paulo), 22, 295-301.

Bennett, R.N., Wallsgrove, R.M., 1994. Secondary metabolites in plant defence mechanisms. New phytologist, 127, 617-633.

Campos, S., Silva, C., Campana, P., Almeida, V., 2016. Toxicity of plant species. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, 18, 373-382.

Carneiro, F.M., da Silva, M.J.P., Borges, L.L., Albernaz, L.C., Costa, J.D.P., 2014. Tendências dos estudos com plantas medicinais no Brasil. Revista Sapiência: sociedade, saberes e práticas educacionais, Iporá, 3, 44- 75.

Cavalini, M., Folis, G.P., Resener, M.C., Alexandre, R.F., Zannin, M., Simões, C.M.O., 2005. Serviço de informações sobre plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos. Extensio: Revista Eletrônica de Extensão, 2, 1-11.

Da Rocha Silva, I.G., Takemura, O.S., 2006. Aspectos de intoxicações por Dieffenbachia ssp (Comigoninguém-pode) - Araceae. Revista de Ciências Médicas e Biológicas, 5, p. 151-159.

Da Silva, P.H., Oliveira, Y.H., de Jesus Silva, A.P., de Barros Barros, H.N., Meireles, V. D.J.S., de Barros, H.N., de Abreu, M.C., 2015. Entre a beleza e o perigo: uma abordagem sobre as plantas tóxicas ornamentais. Revinter Revista de Toxicologia, Risco Ambiental e Sociedade, 8, 19-44.

De Oliveira, R.B., Gimenez, V.M.M., De Godoy, S.A.P., 2007. Intoxicações com a família Euphorbiaceae. Revista Brasileira de Biociências, 5, 69-71.

De Toledo, L.A., De Barros França, P., Rosenburg, C.P., 1947. Intoxicação pela ingestão de" saia branca". Arquivos da Faculdade de Higiene e Saúde Pública da Universidade de São Paulo, 1, 287-293.

Evans, W.C., Lampard, J.F., 1972. Alkaloids of Datura suaveolens. Phytochemistry, 11, 3293-3298.

Fürstenberger, G., Hecker, E., 1977. New highly irritanteuphorbia factors from latex of Euphorbia tirucalli L. Experientia, 33, 986-988.

Haraguchi, M., 2003. Plantas tóxicas de interesse na pecuária. Biológico, 65, 37-39.

Herbário da Universidade Estadual de Campinas (UEC) disponível na rede speciesLink (http://www.splink.org.br) em 05 de julho de 2016 às 10:51.

Letty, C., 1973. The genus Zantedeschia. Bothalia, 11, 5-26.

Lopes, R.K., Ritter, M.R., Rates, S.M.K., 2009. Revisão das atividades biológicas e toxicidade das plantas ornamentais mais utilizadas no Rio Grande do Sul, Brasil. Revista Brasileira De Biociências, 7, 305-315.

Maciel, C.D.D.G., Poletine, J.P., Constantin, J., 2005. Seletividade de coroa-de-cristo (Euphorbia splendens) a diferentes classes de herbicidas para manejo de plantas daninhas em jardinagem. Ornamental Horticulture, 11, 132-140.

Martins, T. D., Geron, V.L., 2014. Plantas ornamentais tóxicas: conhecer para prevenir acidentes domésticos. Revista Científica FAEMA, 5, 79-98.

Mello, G.W.S., Oliveira, D.M., Carvalho, C.J.S.; Pires, V.L.; Costa, F.A.L., Riet-Correa, F.; Silva, S.M.M., 2010. Plantas tóxicas para ruminantes e equídeos no Norte Piauiense. Pesquisa Veterinária Brasileira, 30, 1-9.

Ministério do Meio Ambiente, 2016. Ministério do Meio Ambiente em números – Biodiversidade/Flora. http://www.mma.gov.br/mma-em-numeros/biodiversidadeflora (acesso 01.11.2016).

Monseny, A.M., Sánchez, L.M., Soler, A.M., de la Maza, V.T.S., Cubells, C.L., 2015. Poisonous plants: An ongoing problem. Anales de Pediatría (English Edition), 82, 347-353.

Nasri, H., & Shirzad, H., 2013. Toxicity and safety of medicinal plants. J HerbMed Plarmacol, 2, 21-22.

Pimenta e Baldo, 2017 Pedroso, P.M.O., Bandarra, P.M., Bezerra Junior, P.S., Raymundo, D.L., Borba, M.R., Leal, J. D. S., Driemeier, D, 2009. Intoxicação natural e experimental por Nerium oleander (Apocynaceae) em bovinos no Rio Grande do Sul. Pesquisa veterinária brasileira, 29, 404-408.

Rates, S.M.K., 2001. Plants as source of drugs. Toxicon, 39, 603-613.

Silva, L.C., 2009. Plantas ornamentais tóxicas presentes no shopping Riverside Walk em Teresina–PI, REVSBAU, v.4, 69-85.

Silva, L.R.R., Pacheco, A.C.L., Calou, I.B.F., Cerqueira, G.S., Ferreira, P.M.P., Abreu, M.C.D., 2014. Plantas Tóxicas: Conhecimento de populares para prevenção de acidentes. RevInter Revista Intertox de Toxicologia, Risco Ambiental e Sociedade, 7, 17-36.

Simões, C.M.O., Schenkel, E.P., Gosmann, G., Mello, J.C.P. De, Mentz, L.A., Petrovick, P.R. (Org.), (2001). Farmacognosia: da planta ao medicamento. Porto Alegre/Florianópolis, UFRGS/ EDUFSC. Stein, P.S., Heerden, F.R., 1998. Bufanolides of plant and animal origin. Natural Product Reports, 15, 397-413.

Varricchio, M.C.B.N., Ormelez, E.G., Silva, S.D., Sato, A., Henriques, A.B., Lage, C.L.S., 2008. Euphorbia tirucalli: análise qualitativa do desenvolvimento vegetal durante o cultivo in vitro. Revista de Biologia e Farmácia, 3, 53-65.

Vasconcelos, J., Vieira, J.G.P., Vieira, E.P.P., 2009. Plantas tóxicas: conhecer para prevenir. Revista Científica da UFPA, Belém, 7, 1-6.

Downloads

Publicado

30/03/2017

Como Citar

F. A. Pimenta , A., & A. Baldo, M. (2017). Análise etnobotânica de plantas tóxicas utilizadas na ornamentação urbana. Revista Saúde & Diversidade, 1(1), 18–22. https://doi.org/10.18227/hd.v1i1.7452

Edição

v. 1 n. 1 (2017)

Seção

Artigos

Licença

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.

Licença Creative Commons
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.