Desde o final da Segunda Guerra Mundial, com a crescente descoberta
por parte dos Estados de riquezas no fundo dos oceanos, a questão
marítima passou a fazer parte da agenda da maioria dos países, demandando um ornamento jurídico que regulamentasse essas questões
e que atendesse ao desejo de ampliar suas soberanias além dos limites
terrestres. O presente trabalho analisa a posição brasileira diante dessas
questões e como o Atlântico Sul tornou-se parte importante da agenda
estratégica, principalmente após a descoberta da camada pré-sal. O
Estado brasileiro tem procurado reforçar sua presença no Atlântico Sul
através de diversos mecanismos, sejam eles de ordem militar, diplomática,
econômica ou político-estratégica, investindo no desenvolvimento
de novas tecnologias e também na área de pesquisa sobre os fundos marinhos como forma de reconhecimento de nossas riquezas.