Diversidade de Coleópteros em área cultivada com melancia no semiárido do Rio Grande do Norte.

Resumen

O cultivo da melancia é importante para o agronegócio brasileiro, especialmente na região Nordeste. Apesar da importância econômica, estudos sobre a entomofauna associada à cultura da melancia são escassos no país, especialmente em regiões semiáridas. Dentre os grupos da Classe Insecta, Coleoptera é uma das ordens de maior importância do ponto de vista econômico e ecológico em diversos ambientes, inclusive agrícolas. Portanto, objetivou-se com este trabalho avaliar a ocorrência e diversidade de Coleópteros em área cultivada com melancia no semiárido do Rio Grande do Norte. O estudo foi realizado em área de produção comercial (10.000 m2) de melancia inserida no bioma Caatinga, no município de Baraúna (RN). A coleta dos coleópteros foi realizada semanalmente, durante o ciclo da cultura, utilizando-se 20 armadilhas Pitfall e 20 armadilhas Moericke. As armadilhas foram instaladas na área uma semana após o plantio das sementes e mantidas até a colheita dos frutos. Foram coletados um total de 3.871 coleópteros, distribuídos em 12 famílias: Carabidae, Scarabaeidae, Scolytidae, Staphylinidae, Tenebrionidae, Passalidae, Curculionidae, Coccinellidae, Elateridae, Meloidae, Nitidulidae e Chrysomelidae. As maiores abundâncias relativas foram de espécimes das famílias Scarabaeidae (93,65%), Staphylinidae (1,94%) e Curculionidae (1,76%). Estes são os primeiros relatos de captura de coleópteros em área cultivada com melancia no bioma Caatinga, semiárido do Rio Grande do Norte.