Impactos das mudanças climáticas no zoneamento agroclimatológico do café arábica no Espírito Santo

Autores

  • Rosembergue Bragança Universidade Federal do Espírito Santo
  • Alexandre Rosa dos Santos Universidade Federal do Espírito Santo
  • Elias Fernandes de Souza Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro
  • Almy Júnior Cordeiro de Carvalho Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro
  • Alixandre Sanquetta Laporti Luppi Universidade Federal de Viçosa
  • Rosane Gomes da Silva Universidade Federal do Espírito Santo

DOI:

https://doi.org/10.18227/1982-8470ragro.v10i1.2809

Palavras-chave:

Aquecimento global. Coffea arabica L. Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima, Sistemas de informações geográficas.

Resumo

Objetivou-se com este trabalho definir, por meio do zoneamento agroclimatológico atual e para os próximos 100 anos, áreas com diferentes aptidões climáticas para a cultura do café arábica (Coffea arabica L.), no estado do Espírito Santo. Para isso, foram utilizados dados de temperatura média do ar e precipitação pluviométrica, em escala mensal e anual, de séries históricas representativas do período de 1976 a 2006. Foi necessário simular o efeito do incremento de temperatura de +1ºC, +2ºC, +3ºC, +4ºC e +5ºC, por meio da média obtida do resultado de seis modelos, a saber: GFDL-R30 (Geophysical Fluid Dynamics Laboratory, R-30 resolution model), CCSR/NIES (Center for Climate Research Studies Model), CSIROMk2 (Common wealth Scientific and Industrial Research Organization GCM mark 2), CGCM2 (Canadian Global Coupled Model version 2), ECHAM4 (European Centre Hamburg Model version 4) e HadCM3 (Hadley Centre Coupled Model version 3). Os resultados encontrados demonstraram que, atualmente, as áreas completamente aptas representam 19,49%, e com acréscimo de 5°C diminuirá para 0,02%, enquanto as áreas completamente inaptas passarão de 33,47% para 95,63% do território do Espírito Santo, tornando o café arábica impróprio para o cultivo no estado, se mantidas as características genéticas e fisiológicas que tem como limite de tolerância de temperaturas médias anuais entre 23°C e 24°C.

Biografia do Autor

Alexandre Rosa dos Santos, Universidade Federal do Espírito Santo

Professor Associado III da UFES e bolsita CNPq de longa duração em Produtividade em Pesquisa - PQ, nível 2 (Vigencia: 01/03/2014 a 28/02/2017). Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal do Espírito Santo (1997), mestrado em Meteorologia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa (1999), Doutorado em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa (2001) e Pós-doutorado em Ciências Florestais pela Universidade Federal de Viçosa (2016). Atualmente é professor Associado III da Universidade Federal do Espírito Santo, atuando profissionalmente no Departamento de Engenharia Rural e Programa de Pós-graduação em Ciências Florestais - PPGCF como professor permanente de Mestrado e Doutorado. Tem experiência nas áreas de Geotecnologias, Agronomia e Letras, com ênfase em Agrometeorologia, Geotecnologias Aplicadas ao Meio Ambiente e Saúde e Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa e Inglesa. Atua principalmente nos seguintes temas: Sistemas de Informações Geográficas (SIGs), Sensoriamento Remoto, Cartografia, Meteorologia, Climatologia, Geografia da Saúde, Português e Inglês Instrumental. É responsável pela elaboração de vários livros, softwares e portais da área de GEOTECNOLOGIA e EDUCAÇÃO disponibilizados na home page: http://www.mundogeomatica.com.br (MUNDO DA GEOMÁTICA).

Almy Júnior Cordeiro de Carvalho, Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro

Nascido no distrito de São João do Sobrado, município de Pinheiro-ES (www.pinheiros.es.gov.br) em 10 de novembro de 1967, é Técnico em Agropecuária (IFES, 1984), Engenheiro Agrônomo (UFES, 1990), Mestre em Fitotecnia (UFLA, 1993) e Doutor em Produção Vegetal (UENF, 1998). Atualmente é Professor Titular na UENF (www.uenf.br), onde está desde 1993 e já exerceu os cargos de Reitor (2007-2011), Pró-Reitor de Graduação (2003-2007), coordenador do curso de Agronomia (1999-2003), presidiu congressos de âmbito nacional na área de fruticultura e participou de diversas comissões de implantação de projetos/programas na Universidade. Ganhou, por três vezes seguidas, o prêmio Cientista Jovem do Estado do Rio de Janeiro e atualmente é Cientista do Nosso Estado (Faperj). Bolsista de produtividade em pesquisa pelo CNPq desde 2002. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Fruticultura, atuando principalmente nos seguintes temas: Fruticultura Tropical e Nutrição Mineral de Plantas. Foi avaliador de curso do MEC/INEP de 1999 a 2001 e membro do Conselho Superior do Instituto Federal Fluminense (IFF) de 2010 a 2015. Foi Presidente da FENORTE de 07/2011 a 05/2013. É consultor "ad hoc" de diversas revistas científicas e órgãos de financiamento de pesquisa. Atualmente é Presidente da Sociedade Brasileira de Fruticultura e membro do Conselho Superior da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ) e da Câmara de Fruticultura do Ministério da Agricultura do Brasil.

Rosane Gomes da Silva, Universidade Federal do Espírito Santo

Engenheira agrícola e ambiental, formada pela Universidade Federal de Minas Gerais e estudante de mestrado em ciências florestais pela Universidade Federal do Espírito Santo, atuando nas áreas de meio ambiente, sensoriamento remoto e sistemas de informações geográficas.

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Publicado

07/06/2016

Edição

Seção

Technical Note