SPREAD E CRÉDITO BANCÁRIO NO BRASIL PÓS REAL

Autores/as

  • Rafael Toniazzo Universidade Federal de Roraima
  • Salma Said Rezek Mendoza Universidade Federal de Roraima

DOI:

https://doi.org/10.18227/2237-8057rarr.v9i2.6484

Palabras clave:

Crédito. Spread Bancário. Inadimplência. Educação. Economia.

Resumen

Crédito é um dos pilares da economia moderna e globalizada. No Brasil, após sucessivas trocas monetárias e implantação do plano real pôde-se controlar a inflação. A estabilidade ampliou o acesso ao crédito, entretanto, com taxas de juros e Spreads bancários (custo do crédito) muito além das médias mundiais e mesmo latino-americanas. O Brasil detém o segundo maior Spread bancário do mundo, considerando tais fatos, o objetivo da pesquisa é analisar os fatores que explicam os juros serem tão altos no Brasil. Utilizou-se o método descritivo e o uso de ferramentas estatísticas para análise dos dados. Informações colhidas nos sites do BACEN, do BNDES, da ANEFAC (Associação de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), Banco Mundial, FGC (Fundo Garantidor de Crédito), Brasilianas.org, CLP (Centro de Lideranças Públicas), e também nos sites das instituições bancárias quanto ao crédito e o Spread. Os resultados denotam que o desequilíbrio fiscal estatal e a relação que se estabelece entre governos e bancos no financiamento do déficit nacional explicam a alta carga tributária e a concentração do mercado. Os dados ainda sugerem que a concentração de riqueza e renda no país, faz com que os bancos privilegiem seu market share neste público, decisão de mercado que encarece o Spread para clientes com maior risco, elevando o Spread médio. E ainda, os dados sugerem que havendo uma queda dos juros com diminuição do Spread, haverá aumento de taxas e tarifas.

Biografía del autor/a

Rafael Toniazzo, Universidade Federal de Roraima

Bacharel em Economia

Salma Said Rezek Mendoza, Universidade Federal de Roraima

Atuação na área de Economia Vinculada ao Departamento de Economia da Universidade Federal de Roraima.

Citas

Almeida, J. B. (2014). O Spread Bancário e Suas Influências na Economia Brasileira. Belém: Artigo Científico da Faculdade Ideal.

BACEN. (1999). Relatório de Economia Bancária e Crédito – 1999. Brasília.

BACEN. (2000). Relatório de Economia Bancária e Crédito – 2000. Brasília.

BACEN. (2007) Resolução nº 3.518, de 06 de Dezembro de 2007. Disciplina a Cobrança de Tarifas pela Prestação de Serviços por Parte das Instituições Financeiras e Demais Instituições Autorizadas a Funcionar pelo Banco Central do Brasil. Diário Oficial da União de 10 dez.

BACEN. (2010). Resolução nº 3.919, de 25 de Novembro de 2010. Altera e Consolida as Normas Sobre Cobrança de Tarifas Pela Prestação de Serviços por Parte das Instituições Financeiras e Demais Instituições Autorizadas a Funcionar Pelo Banco Central do Brasil e dá outras providências. Diário Oficial da União de 25 nov.

BACEN. (2012). Relatório de Economia Bancária e Crédito – 2012. Brasília.

BACEN. (2013). Relatório de Economia Bancária e Crédito – 2013. Brasília.

BACEN. (2014). Relatório de Economia Bancária e Crédito – 2014. Brasília.

BACEN. (2017a). Caderno de Educação Financeira Gestão de Finanças Pessoais. Acesso em 20 janeiro de 2017 de https://www.bcb.gov.br/pre/pef/port/caderno_cidadania_financeira.pdf

BACEN. (2017b). Painel Projeto Spread Bancário. Acesso em 10 de abril de 2017 de https://www.youtube.com/watch?v=dg5Aw9saNeo

BACEN. (2017c). Painel: Projeto Spread Bancário Ilan Goldfajn. Acesso em 10 de junho de 2017 de https://www.bcb.gov.br/pec/appron/apres/Apresentacao_Ilan_Goldfajn_Painel_Projeto_Spread%20Bancario.pdf

Bartolo, C. M. P. C. (2011). Análise do Spread e da Lucratividade dos Bancos Brasileiros, no Período de 2001 a 2010. Trabalho de Conclusão de Curso. Universidade Federal do Ceará (UFCE). Ceará, Brasil.

Bastos, M. F. (2013). Metodologia de Apuração do Spread Bancário. Trabalho de Conclusão Curso, Curso da IBMEC. Brasília, Brasil.

Bauman, Z. (2008). A Sociedade Individualizada. Vidas Contadas e Histórias Vividas. 1ª Ed. Rio de Janeiro: Zahar.

Caridiotis, E. R. (2017). Crédito Bancário e a Crise Econômica no Brasil. Trabalho de Conclusão de Curso, AVM Faculdade Integrada. Belo Horizonte, Brasil.

Costa, F. N. (2014). O Papel dos Bancos Públicos no Desenvolvimento Econômico. Acesso em 18 junho de https://www.youtube.com/watch?v=fqbZTkATiH8&t=546s.

Costa, F. N. (2017). Política Fiscal: fórum de debates. Acesso em 20 junho de https://www.youtube.com/watch?v=fqbZTkATiH8&t=546s.

Ferreira, H. N. (2011). Spread Bancário: Uma Análise do Spread Bancário Ex Post no Banco do Brasil, Período 2001/2009. Trabalho de Conclusão de Curso da Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Picos, Brasil.

Fortuna, E. (2011). Mercado Financeiro Produtos e Serviços. 18º ed. Rio de Janeiro: Qualitymark.

Franco, G. H. B. (2011). Por que Juros Tão Altos, e o Caminho para a Normalidade. Seminário as Taxas de juros no Brasil. Promovido por CLP – Centro de Liderança Pública e Casa do Saber. CLP Papers. Nº 6.

Holanda, S. B. (1995). Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras.

Inflation. (2017) Inflação no Brasil em 1994. Acesso em 27 dezembro 2017 de http://pt.inflation.eu/taxas-de-inflacao/brasil/inflacao-historica/ipc-inflacao-brasil-1994.aspx

InfoMoney. (2020). Banco Central indica corte mais forte da selic e faz dólar superar r$ 5,40; juros futuros caem. Acesso em 22 de abril de 2020 de https://www.infomoney.com.br/mercados/banco-central-indica-corte-mais-forte-da-selic-e-faz-dolar-superar-r-540-juros-futuros-caem/

Lopes, J. C. & ROSSETTI, J. P. (2015). Economia Monetária. 9º ed. São Paulo: Atlas.

Lopes, Jerônimo V. (2014). Determinantes do Spread Bancário no Brasil. Dissertação de Mestrado. Universidade do Vale do Rio dos Sinos. São Leopoldo, Brasil.

Lundberg, E. L. (2011). Bancos Oficiais e Crédito Direcionado – o que diferencia o mercado de crédito brasileiro? Brasília: Banco Central do Brasil.

News, Região. (2017). Spread bancário cai em 2017, mas ainda está entre os mais altos do mundo. Acesso em 29 de dezembro de 2019 de https://regiaonews.com.br/exibe_2017.php?id=229803

Resende, A. L. (2011). A Taxa de Juros no Brasil. Equivoco ou Jabuticaba? In: Seminário as Taxas de juros no Brasil. Promovido por CLP – Centro de Liderança Pública e Casa do Saber. CLP Papers. Nº 6.

Salomão, Karin. (2016). Dos 43 maiores bancos do mundo, 3 são do Brasil. No ranking da Forbes, estão três bancos brasileiros: Itaú, Bradesco e Banco do Brasil. Revista Exame. Sessão Negócios, 2016. Acesso em 22 de abril de 2017 de https://exame.com/negocios/dos-43-maiores-bancos-do-mundo-3-sao-do-brasil-veja-lista/

Sciarretta, Toni. (2014) Banco brasileiro é o terceiro do mundo em lucro e lidera ineficiência. Folha de São Paulo. Sessão Mercado, 2014. Acesso em 13 de novembro de 2017 http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2014/07/1479570-banco-brasileiro-e-o-terceiro-do-mundo-em-lucro-e-lidera-ineficiencia.shtml

Silva, Luiz A. C. S. (2014). Formação do Preço do Dinheiro no Brasil: Fatores que Influenciam a Precificação do Spread Bancário e Evolução Recente. Recife, Brasil: Faculdade Integrada.

Souza, W. A. A. (2011). Crédito: Considerações Sobre o Mercado de Crédito e o Spread Bancário no Brasil. São Paulo, Brasil: Polo de Jaú.

Torres Filho, E. T. (2006). Crédito direcionado e direcionamento de crédito: situação atual e perspectivas. Revista BNDES, V.13 p. 35 – 50. Rio de Janeiro, Brasil.

Publicado

30/09/2020

Número

Sección

Administração Financeira (Financial Administration)