Turismo sustentável em comunidades indígenas da Amazônia
DOI:
https://doi.org/10.18227/rarr.v2i2.1136Palabras clave:
Turismo indígena, Roraima, SustentabilidadeResumen
RESUMO: O objetivo deste artigo consiste em analisar de que forma o turismo pode se tornar um instrumento para favorecer o desenvolvimento sustentável em comunidades indígenas, bem como, conhecer o posicionamento de instituições indigenistas e não indígenas quanto ao desenvolvimento e regulamentação da atividade. O trabalho analisa ainda os possíveis impactos ambientais, sociais e econômicos provenientes da atividade, tendo em vista que a atividade pressupõe forte interação com o meio ambiente e comunidades indígenas. Este estudo exploratório se baseia na análise qualitativa de dados tanto secundários (documentos, material publicado e relatórios), como primários (entrevistas estruturadas aplicadas a lideranças e membros da comunidade indígena Nova Esperança e aos representantes de órgão indigenista). A escolha desta comunidade deu-se em função de a mesma apresentar uma conduta empreendedora e desenvolver desde 2001 a atividade turística. Observou-se que as lideranças indígenas veem no turismo uma forma de obter renda, valorização da cultura e melhoria da qualidade de vida. Algumas lideranças afirmaram que tem dificuldade em implementar o turismo em função do posicionamento da FUNAI, que por diversas vezes os proibiram de receber visitantes. A experiência da comunidade Nova Esperança com o ecoturismo enquanto atividade econômica pode ser considerada emblemática no Brasil. Como resultado identificou-se a satisfação da comunidade e a diferenciação da qualidade de vida promovida pelo turismo, assim como sua preocupação com o meio ambiente e valorização da cultura indígena. Observa-se ainda que pensar o empreendedorismo nesta ou em outras comunidades, acaba por causar desconforto para as autoridades, que por ausência de informação, conhecimento e sensibilidade não enxergam, o turismo como uma atividade econômica importante para a região Amazônica, preferindo a manutenção da dependência em relação ao poder público.Descargas
Publicado
21/12/2012
Número
Sección
Administração de Empresas (Business Administration)