AGRICULTURA FAMILIAR: REFLEXÕES SOBRE GÊNERO

Autores

  • marines rute de oliveira Universidade Estadual do Oeste do Paraná- UNIOESTE
  • Antonia Vilaca Unisinos.
  • Lidiane Maciel Mufatto Univel

DOI:

https://doi.org/10.18227/2237-8057rarr.v9i1.5321

Resumo

Apesar das mulheres exercerem um protagonismo, no desenvolvimento rural, ainda encontram-se, nesse meio social, muitas questões relacionadas à desigualdade de gênero. Desta forma, torna-se relevante discutir essa problemática relativa à mulher rural, enquanto agentes de transformação, bem como sua participação no nível produtivo, considerando que há no Brasil, mais de 14 milhões de mulheres na agricultura familiar, 16% dos estabelecimentos da agricultura familiar são comandados por mulheres, e esses dados se repetem, nos vários estados federativos, sobretudo no estado do Paraná, conforme dados do Censo Agropecuário de 2010. Assim, o presente artigo objetiva possibilitar o diálogo em relação ao tema de gênero, especificamente no meio rural do Paraná, trazendo apontamentos para esses conjuntos de questões e também para algumas das políticas públicas, relacionadas diretamente as agricultoras familiares, sobretudo o PRONAF, além de apresentar um panorama sobre a agricultura familiar no Paraná.

Biografia do Autor

marines rute de oliveira, Universidade Estadual do Oeste do Paraná- UNIOESTE

Economista, especialista em gestão estratégica, mestre em desenvolvimento regional e doutoranda em ciências sociais.

Antonia Vilaca, Unisinos.

Doutoranda em ciências sociais pela Unisinos, Mestra em Educação e Historiadora pela Unioeste.

Lidiane Maciel Mufatto, Univel

Mestra em Educação e Pedagoga pela Unioeste.

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Publicado

30/04/2020

Edição

Seção

Artigos/Papers