Ganhos Competitivos em Redes de Cooperação: Estudo em uma Cooperativa

Autores

  • Rosangela Sarmento Silva Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará - UNIFESSPA.
  • MARCOS ANTONIO GASPAR Professor Dr. do Programa de Pós-graduação em Informática e Gestão do Conhecimento (Mestrado e Doutorado) da Universidade Nove de Julho.
  • Milton Carlos Farina Professor Dr. do PPGA - Programa de Pós Graduação em Administração da Universidade Municipal de São Caetano do Sul - USCS

DOI:

https://doi.org/10.18227/2237-8057rarr.v9i1.4918

Palavras-chave:

Rede de Cooperação. Cooperação. Ganhos competitivos. Pequena empresa.

Resumo

Este artigo tem por objetivo identificar a ocorrência dos fatores competitivos indicados por Verschoore & Balestrin (2008) em uma rede de cooperação formada por pequenas farmácias, quais sejam: 1) Maior escala e poder de mercado; 2) Geração de soluções coletivas; 3) Redução de custos e riscos; 4) Acúmulo de capital; 5) Aprendizagem coletiva e, por fim, 6) Inovação colaborativa. Para tanto, foi realizada uma pesquisa descritiva-qualitativa, conduzida sob a forma de estudo de caso. A coleta de dados primários foi feita junto aos gestores das empresas participantes da rede, bem como junto ao seu diretor. Os principais resultados indicam que a rede de cooperação verificada proporciona uma série de benefícios às empresas associadas. No entanto, o atendimento aos fatores competitivos da rede de cooperação analisada parece ficar aquém das características dos fatores indicados por Balestrin & Verschoore (2008), visando a construção de diferenciais competitivos para a rede pesquisada. Os fatores ‘geração de soluções coletivas’ e ‘redução de custos e riscos’ foram indicados como os que obtiveram maior destaque, conforme opinião dos respondentes da pesquisa. Os demais fatores demonstraram baixo impacto na realidade dos entrevistados, pouco contribuindo para a geração de diferenciais competitivos reais à rede de cooperação averiguada.

Biografia do Autor

Rosangela Sarmento Silva, Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará - UNIFESSPA.

Professora Drª em Administração do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas-ICSA da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará - UNIFESSPA.

Referências

Abrafarma- Associação Brasileira do Setor Farmacêutico.(2017) Ranking de vendas. Disponível in:< https://www.abrafarma.com.br/sobre-1-c1mp6> acesso em nov/2017.

Amato Neto, J. (2000) Redes de cooperação produtiva e clusters regionais: oportunidade para as pequenas e medias empresas. São Paulo: Atlas.

Balestrin, A & Verschoore, J. (2008). Redes de cooperação empresarial: Estratégias de Gestão na Nova Economia. Porto Alegre: Bookman.

Balestrin, A.; Vargas, L. M & Fayad, P.(2014). Criação de conhecimento nas redes de cooperação interorganizacional. Revista de Administração de Empresas – FGV, v. 45, n. 3. São Paulo, 2005, pdf 12 nov.

Balestrin, A & Vargas, L. M. (2003). Redes horizontais de cooperação como estrutura favorável ao desenvolvimento das PME’s. In: EnANPAD, XXVI Atibaia, 2003. Anais... Rio de Janeiro: ANPAD, p.1-17.

________. (2004). A dimensão estratégica das redes horizontais de PMEs: teorizações e evidências. Revista de Administração Contemporânea, Curitiba, v. 8, n. Ed. Espec.

Balestrin, A.; Verschoore, J. & Reys Junior, E. (2010). O campo de estudo sobre redes de cooperação interorganizacional no Brasil. Revista de Administração Contemporânea, Curitiba, v. 14, n. 3, p. 458-477.

Barringer, B. R. & Harrison, J. S .(2000). Walking a tightrope: creating value through interorganizational relationships. Journal of Management, v. 26, n. 3, p. 367-403.

Brasil. Lei nº 10.165 de 27 de dezembro de 2000. (2014). Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: 22 set.

Bengtsson, M & Kock, S.(2014). Coopetition—Quo vadis? Past accomplishments and future challenges. Industrial Marketing Management, v.43 n.6 pp.180-188, 2014.

Bengtsson, M.; Johansson, M.; Näsholm, M & Raza-Ullah, T. (2013). A systematic review of coopetition; levels and effects at different levels. 13th EURAM Conference, Istanbul,Turkey, pp.26-29.

Brunozi Júnior, A.C.(2016). Fatores institucionais determinantes nas relações interorganizacionais: o caso da rede educar. UNIVATES - Revista Estudo& Debate, Lajeado, v.23, n.1.

Cândido, G. A. & Abreu, A. F. de. (2004). Os conceitos de redes e as relações interorganizacionais: um estudo exploratório In: EnANPAD, XXIV, Florianópolis, 2004. Anais... Rio de Janeiro: ANPAD, p. 1-15.

Casarotto Filho, N. & Pires, L. H. (1999). Redes de pequenas e médias empresas e desenvolvimento local: estratégias para a conquista da competitividade local com base na experiência italiana. São Paulo: Atlas.

Castells, M. Material. (2000) for an exploratory theory of the network society. British Journal of Sociology, v. 51, n. 1.

Cislaghi, T. P.; Larentis, F.; Tondolo, V. A. G.; Milan, G. S.; Toni, D.(2014). Contribuição dos Relacionamentos Interorganizacionais para o Desempenho Relacional: um Estudo em Díades Empresas Focais e Assessorias em Comércio Exterior no Setor Moveleiro. In: XXXVIII ENANPAD. Anais... Rio de Janeiro. ANPAD.

Creswell, J. W. (2002). Research design: qualitative, quantitative, and mixed methods. Thousand Oaks: Sage Publications.

Cruz, J. A. W.; Quandt, C. O. & Martins, T. S. (2008). Redes de cooperação: um enfoque de governança. Alcance, v. 15, n. 5.

Dahl, J & Kock, S. (2013). Experiential learning in coopetitive relations. 13th EURAM Conference, Istanbul, Turkey, June pp.26-29.

Dahl, J.; Kock, S & Lundgren, E. -L.(2014) Conceptualizing coopetition strategy as practice:International Studies of Management & Organization. (in press).

Donaire, D.; Gaspar, M. A.; Silva, R. S & Fittipaldi, M. A. S.(2013). competitividade de clusters comerciais: estudo sobre uma aglomeração de pequenas lojas de veículos no município de são Paulo. Revista da Micro e Pequena Empresa, Campo Limpo Paulista, v.7, n.3, p.64-78.

Donato, H. C. (2017. Os Aspectos Relacionais da Cocriação de Valor como uma Plataforma de Engajamento em Rede. Tese 308 f (Doutorado em Administração) pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul –USCS.

Dyer, J. K & Nobeoka K. (2000). Creathg and managing a high performance knowledge-sharing network- The Toyota case. Strategic Management Journal. Chichester, v. 21. n. 4. p. 345-367.

Enberg, C. (2012). Enabling knowledge integration in coopetitive R&D projects—The man-agement of conflicting logics. International Journal of Project Management, v.30 n.7 pp.771–780.

Ebers, M. (1997). Explaining Inter-organizational network formation, in EBERS, M. The formation of inter-organizational networks. Oxford: Oxford University Press.

Grandori, A. & Soda, G. (1995). Inter-firm networks: antecedents, mechanisms and forms. Organizations Studies, v. 16, n. 2. p. 183-214.

Ferreira, T. F. (2012). Posicionamento competitivo em economias de rede: uma aplicação do modelo delta em mercados de baixa diferenciação. 263 f Tese (Doutorado em Administração) Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de São Paulo.

Ghobadi, S & D'ambra, J.(2012a) Knowledge sharing in cross-functional teams: A

coopetitive model. Journal of Knowledge Management, v.16 n.2, pp. 285–301.

____________________. (2012b).Coopetitive relationships in cross-functional software

development teams: How to model and measure. Journal of Systems & Software,

v.85 n.5, pp.1096–1104.

Grant, R. (1996).Toward a knowledge-based theory of the firm. Strategic Management Journal, v. 17, n. 4 p. 109-122.

Hakanson, H. (1987). Industrial technological development: a network approach. London: Routledge.

Hall, R. H. (2004) Organizações: estruturas, processos e resultados. São Paulo: Prentice Hall.

Human, S. E.& Provan, K. G. (1997). An emergent Theory of structure and outcomes in small-firms strategic manufacturing networks. Academy of Management Journal, v. 40, n. 2, Apr.

Jarillo, C.(1993). Strategic networks. Oxford: Butterworth-Heinemann.

Marcon, M. & Moinet, N. (2000). La stratégie-réseau. Paris: ÉditionsZéroHeure.

Morgan, K. (1996). United Kingdom: a consideration of enterprise support policies in Wales. In OECD. Networks of Enterprises and Local Development. Competing and cooperating in local productive systems. Paris: LEED/OECD.

Nonaka, I. &Takeuchi, H. (1997). Criação de conhecimento na empresa. Rio de Janeiro: Campus.

Oliver, C. (1990). Determinants of interorganizational relationships: integration and future directions. Academy of Management Review, v. 15, n. 12, p. 241-265, Apr.

Powell, W. (1998). Learning from collaboration: Knowledge and networks in the biotechnology and pharmaceutical industries. California Management Review, v. 40, n. 2 p. 228-240.

Refarma - Rede Brasileira de Farmácias. (2014). Informativos empresariais 2014. São Paulo: Refarma.

Ring, P. S. & Van de Ven, A. H. (1994) Developmental process of cooperative interorganizational relationships. Academyof Management Review, v. 19, n. 1, p. 90-118.

Rohden, S. F.; Hollerweger, C. & Ossani, A. (2012). Benefícios em Redes de cooperação: a perspectiva da rede das redes In: EnANPAD, XXXVI, Rio de Janeiro, 2012. Anais... Rio de Janeiro: ANPAD, p. 1-15.

Silva, R. S.; Gaspar, M. A.; Farina, M.C. & Siqueira, J. P. L. (2014) Relacionamentos interorganizacionais em rede de cooperação: um estudo dos fatores que influenciam a manutenção de uma rede de pequenas farmácias. In: EGEPE- Encontro de Estudos em Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas, VIII, Goiânia, 2014. Anais... São Paulo: EGEPE, p.1-15.

Silva, R. S. (2016). Coopetição em Aglomerações Comerciais Planejadas e Não Planejadas. Tese 226 fls (Doutorado em Administração) pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul-SP, São Paulo.

____________. (2012).Relacionamentos Interorganizacionas em Rede de Cooperação: um Estudo no Setor Farmacêutico Varejista do Estado de São Paulo. 187 f Dissertação (Mestrado em Administração). Universidade Municipal de São Caetano do Sul-SP, São Paulo.

Silva, R. S.; Donaire, D & Gaspar, M. A. (2017). Análise da competição, cooperação e coopetição: uma comparação entre clusters varejistas planejados e não planejados na cidade de São Paulo. IN: XX SEMEAD – Seminários em Administração. Anais...São Paulo.

Souza, S. M. A.; Danas, J. de S.; Gonçalves, G. A. da C. & Lira, W. S. (2013). Redes de cooperação interorganizacionais: estudo de caso em uma cooperativa do algodão colorido. In: 3Es – ENCONTRO DE ESTUDOS EM ESTRATÉGIA, VI, Bento Gonçalves, 2013. Anais... Rio de Janeiro: ANPAD, p. 1-15.

Schumpeter, J. A. (1997). A teoria do desenvolvimento econômico. São Paulo: Nova Cultural.

Whetten, D. A. & Leung, T. K. (1979). The instrumental value of interorganizational relations: antecedents and consequences of linkage formation. Academy of Management Journal, v. 22, n. 2, p. 325-344, jun.

Wildeman, L.(1998). Alliances and networks: the next generation. International Journal of Technology Management, v. 15, n. 1-2, p. 96-108.

Wegner, D. (2011). Governança e Capital Social em Redes Horizontais: Uma análise de suas relações com o desempenho das empresas participantes. Tese 204 f (Doutorado em Administração) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – URGS.

Verschoore, J. R. (2006). Redes de cooperação interorganizacionais: a identificação de atributos e benefícios para um modelo de gestão. 178 f. Tese (Doutorado em Administração) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre.

Yin, R. K. (2010). Estudo de caso: planejamento e métodos. 4 ed. Porto Alegre: Bookman.

Downloads

Publicado

30/04/2020

Edição

Seção

Artigos/Papers