Turismo sustentável em comunidades indígenas da Amazônia

Autores

  • Cristiane do Nascimento Brandão EAESP/FGV
  • José Carlos Barbieri (FGV/EAESP)
  • Luis Claudio de Jesus Silva (UFMG)

DOI:

https://doi.org/10.18227/rarr.v2i2.1136

Palavras-chave:

Turismo indígena, Roraima, Sustentabilidade

Resumo

RESUMO: O objetivo deste artigo consiste em analisar de que forma o turismo pode se tornar um instrumento para favorecer o desenvolvimento sustentável em comunidades indígenas, bem como, conhecer o posicionamento de instituições indigenistas e não indígenas quanto ao desenvolvimento e regulamentação da atividade. O trabalho analisa ainda os possíveis impactos ambientais, sociais e econômicos provenientes da atividade, tendo em vista que a atividade pressupõe forte interação com o meio ambiente e comunidades indígenas. Este estudo exploratório se baseia na análise qualitativa de dados tanto secundários (documentos, material publicado e relatórios), como primários (entrevistas estruturadas aplicadas a lideranças e membros da comunidade indígena Nova Esperança e aos representantes de órgão indigenista). A escolha desta comunidade deu-se em função de a mesma apresentar uma conduta empreendedora e desenvolver desde 2001 a atividade turística. Observou-se que as lideranças indígenas veem no turismo uma forma de obter renda, valorização da cultura e melhoria da qualidade de vida. Algumas lideranças afirmaram que tem dificuldade em implementar o turismo em função do posicionamento da FUNAI, que por diversas vezes os proibiram de receber visitantes. A experiência da comunidade Nova Esperança com o ecoturismo enquanto atividade econômica pode ser considerada emblemática no Brasil. Como resultado identificou-se a satisfação da comunidade e a diferenciação da qualidade de vida promovida pelo turismo, assim como sua preocupação com o meio ambiente e valorização da cultura indígena. Observa-se ainda que pensar o empreendedorismo nesta ou em outras comunidades, acaba por causar desconforto para as autoridades, que por ausência de informação, conhecimento e sensibilidade não enxergam, o turismo como uma atividade econômica importante para a região Amazônica, preferindo a manutenção da dependência em relação ao poder público.

Biografia do Autor

Cristiane do Nascimento Brandão, EAESP/FGV

Mestre em Administração pela EAESP/FGV

José Carlos Barbieri, (FGV/EAESP)

Doutor em Administração e prof. do PPG (FGV/EAESP)

Luis Claudio de Jesus Silva, (UFMG)

Doutorando em Administração (UFMG) – Prof. do Dpto de Administração UFRR

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Publicado

21/12/2012

Edição

Seção

Administração de Empresas (Business Administration)