Planos diretores de Macapá/AP e a ocupação de áreas úmidas

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.18227/2177-4307.acta.v18i49.8092

Palabras clave:

Amapá, Meio urbano, Ressacas, Planejamento

Resumen

Este artigo objetiva analisar os cinco planos diretores elaborados para o município de Macapá, capital do estado do Amapá, com foco no crescimento da malha urbana, a fim de compreender a lógica de ocupação e degradação das áreas úmidas nessa cidade. Essas áreas são conhecidas regionalmente como áreas de ressaca. São bacias de acumulação de água que recebem influência direta das marés, via foz do rio Amazonas, possuem grande importância no escoamento das águas no período de chuva e servem como corredores de ventilação, além de ambientar grande biodiversidade. Os resultados apresentados demonstram que os objetivos estabelecidos nos planos diretores para a proteção, conservação e preservação das áreas de ressaca não foram cumpridos e desde a década de 1990 essas áreas passaram a ser intensamente ocupadas, com a construção de moradias, sobretudo, pela população de baixa renda, o que resulta na degradação da diversidade socioambiental dessas áreas.

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Biografía del autor/a

Ana Valéria de Almeida Pinheiro, Autonoma

Graduada em Arquitetura e Urbanismo pelo Centro de Ensino e Superior do Amapá, transita no território de investigação que envolvem as temas: Verticalização, espaço urbano, Macapá e Amazônia. Fez parte do grupo de iniciação científica observatório das cidades amazônicas. Leitora assídua de produções científicas acerca das obras e temáticas na área de arquitetura e urbanismo. Atualmente, busca atuar profissionalmente nesta área. Mestranda em geografia, na linha de pesquisa sociedade e dinâmicas territoriais.

Daguinete Maria Chaves Brito, UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ - UNIFAP

Graduação em GEOGRAFIA LICENCIATURA, GEOGRAFIA BACHARELADO e CIÊNCIAS ECONÔMICAS pela Universidade Federal do Pará (1989, 1991 E 1996), Bacharel em DIREITO, pela Faculdade de Macapá (2015). Mestrado em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade de Brasília (2003) e Doutorado em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Pará (2010). Atualmente é professora Adjunto da Universidade Federal do Amapá. Tem experiência nas áreas de Geografia (Brasil, Amazônia e Amapá), Economia e Direito Ambiental. Atuando nos seguintes temas: Gestão Ambiental, Gestão de Áreas Legalmente Protegidas, com ênfase em Unidades de Conservação, Desenvolvimento Sustentável, Conflitos Socioambientais, Valoração de Recursos Naturais e Direito Ambiental.

Jodival Maurício da Costa, Universidade Federal do Amapá - UNIFAP

Doutor em Ciências: Ciência Ambiental (PROCAM-USP) com Doutorado-sanduíche na Universidade Paris III - Sorbonne Nouvelle. Professor na Universidade Federal do Amapá: Curso de Arquitetura e Urbanismo, Programa de Pós-Graduação em Estudos de Fronteira e Programa de Pós-Graduação em Geografia. Temas de interesse para orientação: Fronteira, cultura, sociedade e meio ambiente; Meio ambiente e fronteira; Cadeias produtivas da sociobiodiversidade na Amazônia; Sociedade de riscos (aspectos sociais e ambientais); Ecologia e decolonialidade na Amazônia; Governança ambiental multiescalar; Gênero e meio ambiente. Membro do Grupo de Estudos: Políticas Públicas, Territorialidade e Sociedade, no Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo. Coordenador do Grupo de Estudos em Ambiente e Sociedade. Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Estudos de Fronteira - PPGEF/UNIFAP.

Citas

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Publicado

31/12/2024