Planos diretores de Macapá/AP e a ocupação de áreas úmidas
DOI:
https://doi.org/10.18227/2177-4307.acta.v18i49.8092Keywords:
Amapá, Meio urbano, Ressacas, PlanejamentoAbstract
Este artigo objetiva analisar os cinco planos diretores elaborados para o município de Macapá, capital do estado do Amapá, com foco no crescimento da malha urbana, a fim de compreender a lógica de ocupação e degradação das áreas úmidas nessa cidade. Essas áreas são conhecidas regionalmente como áreas de ressaca. São bacias de acumulação de água que recebem influência direta das marés, via foz do rio Amazonas, possuem grande importância no escoamento das águas no período de chuva e servem como corredores de ventilação, além de ambientar grande biodiversidade. Os resultados apresentados demonstram que os objetivos estabelecidos nos planos diretores para a proteção, conservação e preservação das áreas de ressaca não foram cumpridos e desde a década de 1990 essas áreas passaram a ser intensamente ocupadas, com a construção de moradias, sobretudo, pela população de baixa renda, o que resulta na degradação da diversidade socioambiental dessas áreas.
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