Esta comunicação faz parte de um projeto em andamento sobre a história da ocupação de cidades Amazônicas de 1616 a 1750 examinan¬do a documentação dos viajantes, e alguns mapas dentre eles: a Carte du cours du Maragnon ou de la Grande Riviere de Amazones (1745) de La Condamine; a Carte de l’Amérique méridionale (1748), de Bourgui¬gnon D’Anville e o Mapa das Cortes (1749), organizado por Alexandre de Gusmão. De 1535 a 1542, diversas expedições tentaram sem suces¬so penetrar o Amazonas. O privilégio do descobrimento do Rio Negro coube, inteiro, a Francisco de Orellana, que realizou a primeira expe¬dição ao longo do Rio Amazonas, descendo-o a partir dos Andes, e lhe pôs nome a 3 de junho de 1542. Somente depois da viagem de Pedro Teixeira, em 28 de outubro de 1637, começou o devassamento do ter¬ritório amazonense. Os sertanistas, partindo de Belém, Gurupá e Cam-etá, foram adentrando em viagens ousadas, com a fundação da cidade de Santarém em 1661, passando do Tapajós para o lado do Ocidente, região conhecida por Sertão das Amazonas, rumo aos limites com as colônias espanholas. O primeiro plano urbanístico proposto para as cidades foi parte integrante do projeto do Marquês de Pombal (1750-1777) em in¬tegrar a Amazônia ao território português e dar às cidades da Amazônia feições lusas. As intervenções do Marquês de Pombal abrangeram todo o território português, incluindo aí, obviamente, todas as suas colônias. O projeto do Marquês de Pombal objetivava, principalmente, consolidar o vale amazônico como território luso e para isso, não bastava assegurar o domínio territorial da mesma forma que vinha sendo feito há mais de um século. A fundação de novas vilas e cidades em todo o vale do rio Amazonas, em substituição às missões religiosas dos Jesuítas, a nomina¬ção dessas novas cidades com topônimos portugueses como Almeirim, Monte Alegre, Alenquer, Santarém, Óbidos, e outras além da construção do plano urbanístico aos moldes das cidades portuguesas, dando uma feição lusa a todo o Vale Amazônico.