CONCERTO PARA NENHUMA VOZ ? ARTE E ESTÉTICA NO ESTUDO DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Autores

  • Diego Santos Vieira de Jesus
  • Claudio Andrés Téllez

DOI:

https://doi.org/10.18227/1983-9065ex.v7i3.2404

Resumo

O objetivo é examinar os fatores que levaram à marginalização do es¬tudo da estética na área de Relações Internacionais antes da década de 2000 e as contribuições que a “virada estética” pode trazer a um novo entendimento sobre as relações internacionais contemporâneas. O ar¬gumento central indica que os empreendimentos teórico-analíticos do mainstream da área de Relações Internacionais foram desenvolvidos com base em uma forma mimética de representação, na qual a repre¬sentação da política internacional foi tida como um processo de replica¬ção que idealmente apagou os traços de interferência humana e haveria uma perfeita semelhança entre significante e significado. Em face disso, a chegada da estética nos estudos de Relações Internacionais promove mudanças na sensibilidade por meio de abstrações e de figurações e desafia a construção do “senso comum”. Expressa-se uma relação esté¬tica não somente com um objeto específico, mas com a “história de seu efeito” por meio da sensibilidade e da imaginação, e se reorienta o pens¬amento humano: a estética gera fluxos produtivos entre sensibilidade, razão, memória e imaginação e traz insights alternativos que dão voz e destaque a perspectivas e atores marginalizados nas abordagens domi¬nantes e à natureza e às conseqüências emocionais dos eventos político-sociais mundiais.

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Publicado

05/12/2014

Edição

Seção

Artigos