AS REFORMAS NEOLIBERAIS NO CONTEXTO LATINO-AMERICANO: CONDICIONANTES EXTERNAS, INFLUÊNCIA DOS ORGANISMOS ECONÔMICOS INTERNACIONAIS E AGRAVAMENTO DOS ÍNDICES SOCIAIS
O objetivo do presente artigo é relevar a importância da economia políti¬ca internacional como temática central na reflexão sobre a necessidade de obtermos uma convivência entre a democracia e o desenvolvimento econômico. Desta feita, atentamos para diversos problemas econômicos presentes na América Latina, no período Pós-Guerra Fria e em meio à globalização, que problematizaram uma possível relação “desejável” entre a democracia e o desenvolvimento. Coube aos teóricos neoclás¬sicos a tarefa de celebrar as núpcias entre a teoria econômica e a visão democrática. Desse modo, é importante analisarmos as condicionantes externas – contextos nacionais, regional e internacional – da implemen¬tação das políticas neoliberais e, dentro desse contexto, é importante refletirmos sobre o agravamento das problemáticas econômicas e so¬ciais dos países da América Latina em decorrência das reformas estru¬turais (neoliberais). Conseqüentemente, atentamos para a influência e autoridade, de início, de forma negativa, das agências financeiras inter¬nacionais na implementação dessas políticas e suas subseqüentes re¬formulações. Por fim, refletiremos sobre o quadro dos índices sociais na América Latina, cujo agravamento teve resultado com as reformas neoliberais.