Este artigo visa demonstrar como é possível utilizar a abordagem teórica da Escola Inglesa para se analisar questões referentes às práticas de Intervenções Humanitárias. Ele se divide em duas parte: a primeira trata de aspectos gerais da Escola Inglesa, centrados na perspectiva da Hedley Bull (2002), destacando-se a visão societária da esfera internacional e o papel das regras internacionais; a segunda parte busca adentrar especificamente nas análises acerca das Intervenções Humanitárias por meio, sobretudo, de teóricos contemporâneos da Escola. Demonstra-se nesse último ponto a dicotomia entre pluralistas e solidaristas, a possível superação dessa divergência por meio de um olhar ampliado na perspectiva de Bellamy (2003) e os possíveis critérios de Intervenção Humanitária na visão de Wheeler (2000). Percebe-se que essa abordagem teórica tem a vantagem de ampliar o escopo de análise, fugindo da restrição realista/liberais, mas que ao mesmo tempo pode ser frágil justamente por causa da sua amplitude de análise.
Palavras-chave: Escola Inglesa. Sociedade Internacional. Intervenções Humanitárias.