Apresentamos neste ensaio algumas observações da 40ª Assembleia Geral dos Povos Indígenas de Roraima com ênfase a plenária que discutiu Direito Indígena e outros assuntos correlatos, entre eles o aproveitamento hídrico em terra indígena através de Micro Central Hidrelétrica. Apresentamos esta abordagem dentro de uma análise situacional do evento, considerando especificamente a referida plenária. Tomamos as falas das lideranças que problematizaram em torno da proposta de um empreendimento, enquanto que o propósito era uma ideia diferente dos discursos apresentados. Desta percepção, destacamos possíveis situações que direcionaram inconscientemente à defesa e preservação de um ambiente considerado sagrado pela etnia Macuxi, ameaçado pela ideia de construção de outra hidrelétrica de médio/grande porte na região. Uma preocupação que revela a unidade do povo e a cautela nas decisões. Uma riqueza de ideias sobre o uso da eletricidade e um discurso de desenvolvimento entrelaçado a cultura.