Uso da terra e resposta hidrossedimentológica de microbacia no semiárido.

Autores

  • Helba Araújo de Queiroz Palácio Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará - campus Iguatu
  • José Ailton da Silva Filho Universidade Federal do Recôcanvo Baiano
  • Eunice Maia de Andrade Universidade Federal do Ceará
  • Julio César Neves dos Santos Universidade Federal do Ceará
  • Paulilo Palácio Brasil Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará - campus Iguatu

DOI:

https://doi.org/10.18227/1982-8470ragro.v6i3.953

Palavras-chave:

Antropização-perdas de solo. Erosão. Sedimentos em suspensão. Semiárido-uso da terra.

Resumo

Na região Nordeste do Brasil, com clima semiárido e ambiente de contrastes, verifica-se lado a lado a exploração intensiva dos recursos naturais por empresas agrícolas e a agricultura e pecuária praticada por pequenos produtores como forma de garantir a subsistência. Estas explorações ocorrem na grande maioria de forma insustentável, resultando na escassez dos recursos solo e água com sérios reflexos negativos nessa região. Objetivou-se com esta pesquisa analisar a influência da ação antrópica sobre as respostas hidrossedimentológicas em microbacia experimental de escoamento efêmero no semiárido cearense durante os anos de 2009 e 2010. A área de drenagem da microbacia estudada é de 2,8 ha. No primeiro ano de estudo (2009) a área foi mantida inalterada com vegetação de caatinga nativa e no ano seguinte foi aplicado um tratamento de uso do solo comum na região, que consta de supressão da vegetação, seguida de queimada e cultivo de gramínea Andropógon gayanus Kunt para a produção de pastagem. A estação chuvosa de 2009 apresentou um total precipitado de 1.063 mm, sendo que 23,1% da lâmina total precipitada foi convertido em escoamento superficial, resultando em uma produção de sedimentos de 730 kg ha-1. Em 2010, devido ao menor volume de precipitação (809 mm) a lâmina total escoada correspondeu a 13,9%, mas a produção de sedimentos foi maximizada, com valor total de 2.832 kg ha-1, sendo 72% maior que a do ano anterior, demonstrando o efeito negativo do manejo aplicado.

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Publicado

30/12/2012

Edição

Seção

Original Scientific Article