Diagnóstico fitossanitário e de práticas associadas ao uso de agrotóxicos nas hortas em ambiente protegido em Boa Vista - Roraima

Autores

  • Antonio Cesar Silva Lima
  • Carlos Zanata Freitas de Souza
  • Adriano Henrique Cruz de Oliveira
  • José Maria Arcanjo Alves
  • Rui Guilherme Correia

DOI:

https://doi.org/10.18227/1982-8470ragro.v5i2.482

Palavras-chave:

Agroquímicos. Amazônia. Exposição ocupacional. Olerícola. Pesticidas. Toxicologia.

Resumo

Objetivou-se com esse trabalho fazer o diagnóstico das pragas, doenças, plantas daninhas e das práticas associadas ao uso dos agrotóxicos utilizados na produção de hortaliças, em ambiente protegido, no município de Boa Vista, Roraima. O estudo descritivo foi realizado em área urbana e rural, nos meses de fevereiro a abril de 2008, nas hortas atendidas pelo Projeto Estufa, administrado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Agrícola (SMDA) da Prefeitura. O instrumento de coleta de dados foi um questionário semi-estruturado com 35 questões, aplicado in loco sem aviso prévio a 75 horticultores (47% da população em estudo). Os dados foram analisados pela estatística descritiva. Após análise dos dados constatou-se que a moscabranca, pulgão, tripes e lagartas são os insetos-pragas que mais precisam ser controlados. Em relação às doenças, as principais foram a mela e a queima das folhas. Quanto às plantas daninhas, destacaram-se as espécies das famílias Poaceae, Cyperaceae, Portulaceae e Amaranthaceae. Quanto ao uso de agrotóxicos, os resultados mostraram que 68% dos horticultores utilizam inseticidas, 24% fungicidas e 8% herbicidas; 92% disseram já ter recebido algum tipo de orientação técnica e 41,3% buscam um técnico quando precisam adquirir um agrotóxico. Portanto, conclui-se que há alta incidência de problemas fitossanitários nas hortas, uso intensivo de agrotóxicos, grande diversidade de formulações de inseticidas, fungicidas e herbicidas, associados à adoção de práticas e atitudes de riscos pelos horticultores, que pode agravar os problemas de intoxicação direta e indireta, além de causar a contaminação ao ambiente.

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Publicado

12/09/2011

Edição

Seção

Original Scientific Article