Seleção de rizobactérias visando o controle biológico da murcha-de-esclerócio em tomateiro (Solanum lycopersicum L.).

Autores

  • Rosianne Nara Thomé Barbosa

DOI:

https://doi.org/10.18227/1982-8470ragro.v3i2.342

Palavras-chave:

Sclerotium rolfsii. Produção de inóculo. Métodos de inoculação. Fungo de solo. Antibiose. Ácido oxálico.

Resumo

A murcha-de-esclerócio causada por Sclerotium rolfsii é uma das mais importantes doenças do tomateiro em regiões tropicais. Seu controle é difícil, havendo perspectivas do uso de microrganismos antagônicos, já que medidas convencionais não apresentam eficiência satisfatória. O uso de rizobactérias é uma das alternativas viáveis no controle de doenças e na redução ou substituição do uso de defensivos químicos no controle de doenças de plantas, principalmente causadas por patógenos de solo. O presente trabalho foi realizado com o objetivo de selecionar rizobactérias que promovam o controle da murcha-de-esclerócio sem afetar o crescimento das plantas de tomateiro e verificar se o mecanismo de antibiose e a inibição da difusão do ácido oxálico têm relação com a capacidade de controle. Ajustes metodológicos para indução da murcha-de-esclerócio, sem a incitação de ferimentos em plantas de tomateiro, foram realizados previamente utilizando-se 2, 4, 8 e 16 g de arroz colonizado.L-1 incorporados ao solo e 2, 4, 6 e 8 escleródios ou discos de micélio, depositados na superfície do solo. A seleção de rizobactérias foi realizada em casa de vegetação através de seis ciclos de seleção massal, e os melhores isolados foram reavaliados em três experimentos, utilizando-se como variáveis a severidade da doença, altura e matéria seca das plantas. Todos os isolados também foram avaliados por testes de antibiose e inibição da difusão do ácido oxálico in vitro. Os resultados obtidos demonstram que: a incorporação de 8 g de arroz colonizado.L-1 de solo é a concentração e o tipo de inóculo ideal para a inoculação do patógeno, sem incitação de ferimentos; o isolado 38291 foi o único a restringir o desenvolvimento do patógeno in vitro por meio de antibiose e de controlar a murcha-de-esclerócio in vivo. Os isolados 31233, 32238, 33282 e 41296 promoveram controle da murcha-de-esclerócio em casa de vegetação, sem atividade detectável in vitro.

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Publicado

19/07/2010

Edição

Seção

Resenha