Pegadas hídricas em sistemas agropecuários na região semiárida do Nordeste do Brasil.
DOI:
https://doi.org/10.18227/1982-8470ragro.v8i1.1315Palavras-chave:
Consumo de água. Eficiência de uso de água. Manejos agrícolas. Produção de biomassa.Resumo
A disponibilidade de água é um aspecto de relevância global nos dias atuais. O setor agropecuário é responsável pelo consumo da maior parte dos recursos hídricos utilizados pela humanidade, portanto é essencial verificar o efeito das tecnologias no consumo de água pelas plantas. A pegada hídrica avalia as necessidades de água para as culturas, bem como os fluxos de água virtual relacionados ao comércio de produtos vegetais. Assim, objetivou-se com esse trabalho determinar a pegada hídrica de diferentes culturas agrícolas da região semiárida do Nordeste brasileiro, cultivadas sob diferentes tipos de manejo, como adubação e densidades de plantio. As culturas agrícolas analisadas nesse trabalho foram: palma forrageira (Opuntia sp.), capimbuffel (Cenchrus ciliares L.), milho (Zea mays L.) e sorgo (Sorghum bicolor L. Moench). A pegada hídrica foi calculada através de dados de produtividade das culturas e pela quantidade de precipitação pluvial ocorrida durante o período de crescimento dessas culturas. A palma teve pegada hídrica reduzida com aumento da densidade de plantio e aumento da quantidade de fósforo no solo (53%). No capim-buffel a redução ocorreu devido ao uso de adubo químico (23%) e esterco bovino (28%). No milho o consumo foi reduzido utilizando adubação com gliricídia (38%) e esterco (50%). No sorgo, a redução atribuiu-se à utilização de variedades híbridas mais adaptadas (75%). O conjunto de estudos avaliados indica que há grande potencial para reduzir a pegada hídrica das culturas agrícolas da região, com o uso de técnicas de manejo agrícolas como adubação, densidade de plantio e formação de híbridos.Downloads
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