LIBERDADE VERSUS ESCRAVIDÃO: O PARADOXO TECNOLÓGICO LIGADO AO COMPORTAMENTO DOS USUÁRIOS DE SMARTPHONES

Autores

  • Igor de Jesus Lobato Pompeu Gammarano Universidade da Amazônia - UNAMA
  • Filipe Carvalho da Silva Universidade da Amazônia - UNAMA

DOI:

https://doi.org/10.18227/2237-8057rarr.v10i0.6004

Resumo

O presente estudo almeja discutir a relação de liberdade e dependência dos usuários em relação ao uso e consumo de smartphones. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas como aporte metodológico para coletar e analisar os dados referentes ao fenômeno estudado, Entender o comportamento de uso e adoção dos consumidores de smartphones fornece subsídios teóricos para serem aplicado em estratégias de venda no varejo dos aparelhos tecnológicos. Os resultados indicam a existência de cinco categorias de usuários de acordo com seus comportamentos e valores de consumo. A primeira categoria reuniu características de uso de smartphones relacionadas a possibilidade de aplicação ao trabalho, tornando o aparelho utilitário. A segunda categoria representa a utilização hedônica dos smartphones. A terceira categoria de respostas foi relacionada a liberdade de comunicação e liberdade de mobilidade referente ao acesso oferecida pela utilização dos aparelhos. A quarta categoria identificou a relação de dependência dos usuários em função de sentimentos antagônicos como raiva, frustação, angústia, no momento em que o usuário se deparar com a ausência dos smartphones. A última categoria classificou respostas relacionadas diretamente ao paradoxo tecnológico liberdade versus escravidão.

Biografia do Autor

Igor de Jesus Lobato Pompeu Gammarano, Universidade da Amazônia - UNAMA

Doutorando (2018 - 2021) com período sanduíche (Visiting Scholar) no College of Business Administration da University of Rhode Island - USA pelo Projeto do Programa Nacional de Cooperação Acadêmica - PROCAD Amazônia (2020) e Mestre (2013-2014) em Administração pela Universidade da Amazônia-UNAMA, com período sanduíche na Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV/EAESP) pelo Projeto do Programa Nacional de Cooperação Acadêmica - PROCAD. Bacharel em Relações Internacionais pela Universidade da Amazônia-UNAMA (2008-2011) e graduando em Administração pela Estácio FAP (2017-2021). Integrante do grupo de pesquisa em Marketing Tecnológico-MKT da Universidade da Amazônia - UNAMA, desenvolve estudos sobre influenciadores digitais e virtuais em contextos culturais de influência hiperconectados e sobre o comportamento do consumidor de produtos tecnológicos, com foco no Marketing de Influência como linha de pesquisa principal. Possui diversas publicações aceitas e realizadas em eventos e periódicos científicos nacionais e internacionais de elevada classificação no ranking Qualis/CAPES, como Journal of High Technology Management Research (ABS 2 em Inovação) e Journal of Strategic Marketing (ABS 2 em Marketing). Coordenou os cursos de Administração, Ciências Contábeis e o setor de Extensão da Faculdade Estácio Castanhal. É revisor de diversos periódicos de Administração, Marketing e Empreendedorismo. Foi professor tutor da Universidade Federal do Pará - UFPA, professor da Escola de Administração Penitenciária do Pará - EAP, professor da Estácio Castanhal e professor efetivo Classe A, Assistente - A - 1 da Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA, estando responsável por diversas disciplinas nas áreas de Gestão e Negócios, como Administração de Marketing, Comércio Exterior e Gestão de Pequenas Empresas. Atualmente, atua como consultor de empresas e pesquisador da área de Marketing e Comportamento do Consumidor.

Filipe Carvalho da Silva, Universidade da Amazônia - UNAMA

Mestrando em Administração pelo Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade da Amazônia - PPAD UNAMA. Com bolsa de pesquisa CAPES/PROSUP (2018). Realizou período sanduíche na Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV/EAESP) pelo Projeto do Programa Nacional de Cooperação Acadêmica - PROCAD. Graduado em Administração pela Estácio (2017). Membro do grupo de pesquisa GESDEL - Gestão Social e do Desenvolvimento Regional e membro do grupo de pesquisa ESCARLAT, realizando pesquisas na área de energias renováveis e comportamento de adoção de práticas sustentáveis nas organizações. Já atuou como administrador comercial e de logística.

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Publicado

12/05/2021

Edição

Seção

Mercadologia (Marketing)