CAPACIDADE ABSORTIVA E LAÇOS SOCIAIS: UM MODELO TEÓRICO INTEGRADO

Autores

  • Marina Almeida Cruz Universidade Federal de Minas Gerais
  • Victor Silva Corrêa Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.18227/2237-8057rarr.v8i2.4675

Palavras-chave:

Capacidade absortiva, Inovação, Laços sociais, Redes sociais, Redes Organizacionais.

Resumo

Conquanto a temática da capacidade absortiva tenha atraído, nas últimas décadas, crescente atenção da academia, uma de suas vertentes, relacionada à associação com a literatura das redes organizacionais, em particular, não tem, no entanto, recebido o impulso necessário por parte dos pesquisadores. Este ensaio teórico insere-se justamente neste contexto. Baseado na combinação das proposições de ambas as áreas, propõe um modelo teórico inédito, capaz de ampliar a atual compreensão das dimensões e dos componentes da capacidade absortiva. O trabalho projeta luzes para a necessidade de se incorporar reflexões derivadas da literatura das redes nos trabalhos sobre capacidade absortiva.

Biografia do Autor

Marina Almeida Cruz, Universidade Federal de Minas Gerais

Doutoranda em Administração pela UFMG (início em 2013), Mestre em Administração (2011) e graduada em Administração (2006) pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas). Atua como professora de pós-graduação, consultora e palestrante na Conectar Consultoria, Ensino e Treinamento Ltda. Atua como professora de pós-graduação no SENAC-MG nas disciplinas de Planejamento Estratégico e Gestão de Projetos. Foi professora do curso de Administração da PUC Minas, onde lecionou disciplinas da área de Gestão e Marketing, e orientou monografias e projetos da área de Marketing. Trabalhou em empresa de consultoria em Desenvolvimento Empresarial. Atuou como bolsista em projeto de pesquisa do PPGA da PUC Minas em convênio com a CEMIG.

Victor Silva Corrêa, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

Possui Pós-Doutorado em Administração pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG). É Doutor e Mestre em Administração (Conceito 5), Especialista em marketing e Graduado em Comunicação Social - Jornalismo e Relações Públicas - pela mesma instituição. Integra o Núcleo de Docentes Permanentes (NDP) do Programa de Pós-Graduação em Administração da UNIP (Mestrado em Administração) (departamento de administração da Universidade Paulista). Autor da tese de administração eleita pela Capes a melhor do Brasil em 2016. Vencedor do PRÊMIO CAPES DE TESE 2017 na área de Administração Pública e de Empresas, Ciências Contábeis e Turismo. É revisor Ad hoc de diversos periódicos científicos, tais como Revista de Administração Contemporânea (RAC), Revista de Administração da Unimep, entre outros.

Referências

Ahuja, G., Soda, G., Zaheer, A. (2012). The Genesis and Dymanics of Organizational Networks. Organization Science, 23(2), 434-448.

Argote, L., & Ingram, P. (2010). Knowledge transfer: A basis for competitive advantage in firms. Organizational Behavior and Human Decision Processes, 82(1), 150-169.

Burt, R. S. (2008). Information and structural holes: comment on Reagans and Zuckerman. Industrial and Corporate Change, 17(5), 953-969.

Burt, R. S. (2009). The Network Entrepreneur. In Richard Swedberg. Entrepreneurship: the social science view (pp. 281-307). Oxford University Press: New York

Camisón, C., & Fóres, B. Knowledge absorptive capacity: New insights for its conceptualization and measurement. Journal of Business Research, 63(7), 707-715.

Cohen, W. M., & Levinthal, D. A. (1990) Absorptive Capacity: A New Perspective on Learning and Innovation. Administrative Science Quarterly, 35(1), 128-152.

Coleman, J. S. (1988). Social Capital in the Creation of Human Capital. The American Journal of Sociology, 94, 95-120.

Coleman, J. S. (1990). Social Capital In James S. Coleman. Foundations of Social Theory (pp. 300-321). The Belknap Press of Harvard University Press: Cambridge

Cruz, M. A. (2011). Mensuração da capacidade absortiva dos parceiros industriais da CEMIG: implicações para inovação no setor elétrico. (Dissertação de mestrado). Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil.

Easterby-Smith, M., Lyles, M. A., & Tsang, E. W. K. (2008). Inter-organizational knowledge transfer: current themes and future prospects. Journal of Management Studies, 45(4), 677-690.

Faccin, K., Genari, D., Dorion, E. (2009). Capital social: Recurso Estratégico para o Desempenho de Redes Organizacionais. Anais do XXXIII Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração. São Paulo, SP, Brasil, 33.

Fosfuri, A., & Tribó, J. A. (2008). Exploring the antecedents of potential absorptive capacity and its impact on innovation performance. Omega, 36, 173-187.

Granovetter, M. (1973). The strength of weak ties. American Journal of Sociology, 78(6), 1360-1380

Granovetter, M. (1983). The strength of weak ties: a network theory revisited. Sociological Theory, 1, 201-233

Hesterly, J. C., Borgatti, W. S. (1997). A general theory of network governance: Exchange conditions and social mechanisms. Academy of Management Review, 22. 911–945.

Jansen, J. J. P., Van Den Bosch, F. A. J., & Volberda, H. W. (2005). Managing potential and realized absorptive capacity: How do organizational antecedents matter? Academy of Management Journal, 48(6), 999-1015.

Leis, R. P. (2009). O impacto das capacidades organizacionais de conhecimento e do dinamismo ambiental no desempenho das redes de cooperação interorganizacional (Tese de doutorado). Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.

Murovec, N., & Prodan, I. (2009). Absorptive capacity, its determinants, and influence on innovation output: Cross-cultural validation of the structural model. Technovation, 29(12), 859-872.

Simsek, Z., Lubatkin, M. H., Floyd, S. W. (2003). Inter-firm networks and entrepreneurial behavior: a structural embeddedness perspective. Journal of Management, 29(3).

Tu, Qiang et al. (2006). Absorptive capacity: Enhancing the assimilation of time-based manufacturing practices. Journal of Operations Management. 24, 692-710.

Uzzi, B. (1996). The sources and consequences of embeddedness for the economic performance of organizations: the network effect. American Sociological Review, 61, 674-698.

Vasconcelos, G. M. R. (2007). Empreendedorismo e Redes de Relacionamentos. Anais do XXXI Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração. Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 31.

Vega-Jurado, J., Gracia-Gutiérrez, A., Fernándes-De-Lucio, I. (2008). Analyzing the determinants of firm´s absorptive capacity: beyond R&D. R&D Management, 38(4), 392-405.

Versiani, A. F. et al. (2010) Mensuração da capacidade absortiva: até que ponto a literatura avançou? Anais do XXXIV Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 34.

Wegner, D., Maehler, A. E. (2012). Desempenho de empresas participantes de rede interorganizacionais: analisando a influência do capital social e da capacidade absortiva. Revista Gestão e Planejamento, 13(2), 191-211.

Weimann, G. (1980). Conversation Networks as Communication Networks. Abstract of Ph.D. dissertation, University of Haifa, Israel.

Zaheer, A., Bell, G. G. (2005). Benefiting from network position: firm capabilities, structural holes, and performance. Strategic Management Journal, 26(9), 809-825.

Zahra, S. A., & George, G. (2002). Absorptive Capacity: a review, reconceptualization, and extension. Academy of Management Review, 27(2), 185-203.

Downloads

Publicado

28/12/2018

Edição

Seção

Ensaios/Essays