FEIRAS DO VALE: o destino de excedentes produtivos em feiras livres do Jequitinhonha, Minas Gerais

Autores

  • Alexandro Moura Araujo Universidade Federal de Minas Gerais
  • Eduardo Magalhães Ribeiro Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.18227/2237-8057rarr.v7i2.4521

Palavras-chave:

Vale do Jequitinhonha, Feiras livres, Excedentes.

Resumo

Feiras que são trocas econômicas, trocas de relações, trocas de solidariedade. O objetivo deste trabalho foi analisar a importância que a feira representa para a economia municipal. Percebe-se que durante os fins de feiras livres é recorrente haver sobras de vários produtos, este estudo visou também descobrir para quais fins são destinados os excedentes. Para a realização da pesquisa sucedeu-se a aplicação de questionários aos feirantes e aos comerciantes locais. Foi observado que as feiras pesquisadas possuem dinâmicas diferentes quanto às formas de comercialização, em relação ás suas estratégias. O excedente produtivo aos fins das feiras pode estar relacionado a um conjunto de fatores, dentre eles a decisão da quantidade a ser comercializada pelos feirantes, além da sazonalidade produtiva, que faz com que uma grande parcela de feirantes comercialize alguns produtos similares, principalmente na época das chuvas. Porém, observou-se que os feirantes dão destinos distintos aos produtos que não são vendidos até o final das feiras, ocorrendo principalmente doações às escolas e igrejas, principalmente os produtos de maior perecibilidade, como as hortaliças.

Biografia do Autor

Alexandro Moura Araujo, Universidade Federal de Minas Gerais

Pós Graduando em Gestão Pública - IFNMG; Graduando em Administração na UFMG/ICA.

Eduardo Magalhães Ribeiro, Universidade Federal de Minas Gerais

Docente na UFMG/ICA.

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Publicado

01/02/2018

Edição

Seção

Artigos/Papers