Tendências do desflorestamento nos imóveis rurais privados da Zona de Desenvolvimento Sustentável Amacro, Sudoeste Amazônico
DOI:
https://doi.org/10.18227/2177-4307.acta.v19i53.8691Palabras clave:
Políticas Ambientais, Geoprocessamento, Sustentabilidade, Sudoeste AmazônicoResumen
O presente artigo investiga a relação entre imóveis rurais privados e o desflorestamento na Zona de Desenvolvimento Sustentável que envolve porções dos Estados do Amazonas, Acre e Rondônia – AMACRO, sudoeste amazônico, no período de 2008 a 2022. O objetivo foi analisar a participação do desflorestamento dos imóveis rurais privados no desflorestamento da Zona de Desenvolvimento Sustentável AMACRO. Para isso, o estudo utilizou análise estatística de regressão linear e ferramentas de geoprocessamento. Foram extraídos vetores dos limites de imóveis rurais privados e áreas de desflorestamento das bases de dados SIGEF (Sistema de Gestão Fundiária) e PRODES (Programa de Cálculo do Desflorestamento da Amazônia), com tratamento gráfico utilizando-se o software ArcGIS 10 e o Microsoft Office Excel. Os resultados mostraram que o desflorestamento nos imóveis rurais privados da ZDS AMACRO de 2008 a 2022 possui uma tendência crescente sem atingir a estabilidade, com uma marcante relação linear positiva e muito baixa dispersão entre seus valores e o total do desflorestamento da Zona de Desenvolvimento Sustentável AMACRO. Os imóveis rurais privados da porção do Estado do Acre na ZDS AMACRO mantiveram suas participações no desflorestamento variando de 10,75% a 19,43% do total da ZDS AMACRO, enquanto as porções do Amazonas e de Rondônia na ZDS AMACRO tiveram relativamente maiores participações percentuais (25,37% a 46,29% e 37,63% a 61,49%, respectivamente). São resultados que se mostram como consequência de possíveis práticas de ocupação com desflorestamentos amazônico relacionadas à flexibilização de leis ambientais e a presença de atividades do agronegócio.
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