Redes, campesinato e os agentes monopolizadores do território no Médio Rio Amazonas, município de Urucará/AM
DOI:
https://doi.org/10.18227/2177-4307.acta.v19i53.8688Palabras clave:
Amazônia, Campesinato, Rede, Território, MonopolizaçãoResumen
A presente pesquisa, realizada no âmbito do Programa de Pós-graduação em Geografia, Universidade Federal do Amazonas, buscou compreender o contexto histórico da formação do campesinato e das redes socioespaciais estabelecidas no médio rio Amazonas, município de Urucará/AM. Os procedimentos metodológicos adotados incluíram pesquisa bibliográfica, levantamento de campo sobre a formação do campesinato local e entrevistas com moradores mais antigos. Para embasar a análise, foram utilizados conceitos de autores como Chayanov (1974), Shanin (1980), Oliveira (2007), Tavares dos Santos (1978), Raffestin (1993) e Paulino (2012), que discutem temas como campesinato, redes e monopolização do território pelo capital. Os resultados indicaram que a formação das redes socioespaciais na região, estiveram historicamente ligadas às atividades camponesas e suas interações com a terra, a floresta e a água. A agricultura de subsistência, as práticas extrativistas e a pesca foram fundamentais para a organização territorial e social dos camponeses, permitindo que o ambiente de várzea assumisse um papel central em suas dinâmicas de vida e relações territoriais.
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