A IMPORTÂNCIA DO AGROEXTRATIVISMO NOS PROCESSOS PRODUTIVOS E REPRODUTIVOS: O caso das famílias quilombolas na Amazônia Oriental maranhense

Autores

  • Regina Helena Bernardes Universidade Federal de Pelotas

DOI:

https://doi.org/10.18227/2177-4307.acta.v8i17.1283

Palavras-chave:

Quilombolas, Agroextrativismo, Amazônia Maranhense

Resumo

O município de Alcântara, localizado no estado do Maranhão, na região da Amazônia Oriental Maranhense, apresenta uma quantidade significativa de sua população constituída por comunidades tradicionais quilombolas vivendo na área rural. Desenvolvem atividades referentes à agricultura, pesca e extrativismo, fazendo uso comum dos recursos naturais e mantendo suas tradições seculares. Na década de 1980, o Centro de Lançamento Aeroespacial de Alcântara foi implantado pelo Governo brasileiro cujo principal argumento referia-se à localização deste município próximo à Linha do Equador, facilitando o lançamento de foguetes. Todavia, isto provocou um processo de deslocamento compulsório de várias comunidade rurais quilombolas que foram remanejadas de seu local de origem e transferidas para agrovilas pelo Ministério da Aeronáutica. Este deslocamento trouxe consequências diretas nos sistemas de produção agroextrativistas, no acesso e uso comum dos recursos naturais, bem como interferiu nos fatores associados à reprodução social destas populações tradicionais. Este trabalho teve objetivo analisar as transformações ocorridas nos sistemas de produção agroextrativistas em uma comunidade quilombola que passou pelo processo de remanejamento e suas implicações para a sobrevivência das famílias. Para realização desta pesquisa foram utilizados instrumentos metodológicos participativos buscando retratar a realidade através de uma análise sistêmica, considerando as perspectivas da sustentabilidade e seu caráter multidimensional. Através do uso de técnicas de pesquisa-ação, observação participante, entrevistas semi-estruturadas e aplicação de questionários semi-abertos, caracterizou-se as comunidades quilombolas em seus aspectos ambientais e culturais possibilitando uma análise dos impactos, limites e perspectivas da agricultura familiar no seu aspecto produtivo e reprodutivo.

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Biografia do Autor

Regina Helena Bernardes, Universidade Federal de Pelotas

Departamento de Fitotecnia, área Agronomia

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Publicado

27/03/2015

Edição

Seção

Artigos