Interpretação da dendeicultura em imagens de sensores orbitais

Microrregião de Tomé Açu, nordeste Paraense

Abstract

As técnicas de extrações de informações de alvos terrestres de sensores remotos orbitais têm-se demonstrado excelentes e oportunos instrumentos de coletas dados e informações confiáveis de agriculturas, principalmente em razão do aumento dessas regiões, que ocupam largas fatias do planeta. Focou-se na dimensão do visível e do comportamento espectral da cultura comercial da palma africana Microrregião de Tomé Açu (MRGTA), tendo como objetivo identificar os talhões dos dendezais. Reuniu-se dados dos satélites Landsat – 5 e 8 dos anos de 1988, 1995, 2004, 2010 e 2017. As imagens foram interpretadas através dos elementos de localização geográfica, tamanho, padrão, forma, textura, cor, tonalidade, sombra e valores de reflectância de superfície terrestre. Fez-se classificação supervisionada para extração da mascará das áreas de cultivos de dendê na MRGTA. A cultura do dendê apresenta elementos particulares que facilitam o reconhecimento de feições entre os diferentes alvos presente na MRGTA. A partir do comportamento espectral da palma africana, em cada banda do sensor orbital, tem-se acesso às informações que descrevem essa em cultura agrícola comercial. Com a mascará dos dendezais MRGTA de 2017, identificou-se o território do dendê, sua distribuição espacial e dinâmica de ocupação. Por fim, esclarece-se que a identificação dos dendezais por meio de sensores orbitais não exclui o trabalho de campo, sendo também adequado a comparação dos talhões reconhecidos nas imagens orbitais com informações cadastrais, estatísticas e estimadas do IBGE sobre a cultura de palma. Este trabalho representa avanços no processo delimitação real dos talhões de dendê, que é um dado quase que sigiloso.